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C. Ciências Biológicas - 11. Morfologia - 5. Histologia
ALENDRONATO SÓDICO IMPEDE A ERUPÇÃO E A FORMAÇÃO RADICULAR DE MOLARES DE RATOS
Vivian Bradaschia-Corrêa 1
Luciana Ferreira Massa 1
Victor Elias Arana-Chavez 1
(1. Universidade de São Paulo - Instituto de Ciências Biomédicas - BMC)
INTRODUÇÃO:

A erupção dentária corresponde ao deslocamento do dente a partir da cripta óssea dentro do processo alveolar onde iniciou sua formação até alcançar o plano oclusal funcional na cavidade oral. Este processo envolve interações entre o germe dentário em desenvolvimento e o osso alveolar, consistindo na remodelação do osso cripta durante a movimentação pré-eruptiva e reabsorção da porção oclusal da cripta, para a formação da via eruptiva. Apesar dos numerosos estudos, o fenômeno permanece não completamente elucidado. Buscando uma melhor compreensão do assunto, foi feita avaliação das fases relacionadas à erupção, através de estudo morfológico e histoquímico germes de molares de ratos submetidos ao tratamento com alendronato sódico, fármaco capaz de suprimir a reabsorção óssea através da inativação de osteoclastos.

METODOLOGIA:
Foram administradas diariamente doses de alendronato sódico de 2,5 mg/kg peso/dia a ratos Wistar a partir do seu nascimento até 4, 14 e 30 dias. Outros animais (controles) receberam solução fisiológica durante os mesmos períodos. Os processos alveolares foram removidos e alguns deles fixados em Bouin, incluídos em parafina e os cortes corados com HE. Outros espécimes, destinados à histoquímica TRAP, foram fixados em 0,1% glutaraldeído + 4% formaldeído sob irradiação de microondas e incluídos em historesina JB-4. Alguns germes dentários foram isolados, desproteinizados e processados para análise em MEV.
RESULTADOS:
Foi observado que os osteoclastos permaneceram latentes, não apresentando sinais de atividade reabsortiva. Isto ocasionou a falta de remodelação do tecido ósseo da cripta e a ausência de formação de via eruptiva. Houve o crescimento desordenado de finas trabéculas das paredes da cripta óssea, ocasionando anquiloses, principalmente na região cervical. Tais eventos resultaram em deformidades na superfície do esmalte que puderam ser observadas em MEV, além de ausência da erupção de todos os dentes e da falta de formação radicular.
CONCLUSÕES:
O alendronato impede a erupção dentária e ocasiona a impactação do germe dentário, provocando deformidades em sua superfície devido à inibição da remodelação óssea.
Instituição de fomento: FAPESP - processos 04/05831-9 e 01/13782-0
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Erupção Dentária; Alendronato Sódico; Osteoclasto.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006