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E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 3. Pastagem e Forragicultura
Resposta fotossintética de folhas de capins Panicum spp. à intensidade luminosa em rebrotação de inverno
Darcy Barthmann Neto 1
Bruno Carneiro e Pedreira 1
Gustavo José Braga 1
(1. Esc Superior de Agricultura Luiz de Queiroz; Universidade de São Paulo / USP)
INTRODUÇÃO:

O ambiente luminoso exerce forte influência sobre a capacidade fotossintética de uma cultura forrageira o que esta intimamente relacionado com sua capacidade produtiva. O uso de técnicas de manejo adequadas para cada espécie pode resultar em maior produtividade de forragem o que está intimamente ligado a elevados índices de produção animal. O objetivo deste trabalho é avaliar as respostas da fotossíntese foliar à intensidade luminosa em capins do gênero Panicum. Esta informação poderá subsidiar e explicar as variações no potencial fotossintético de folhas expostas a diferentes níveis de intensidade luminosa como ocorre naturalmente em um dossel. Serão feitas curvas de luz para gerar coeficientes do modelo hipérbole não-retangular que são necessários na geração e avaliação de diversos modelos usados para simular a fotossíntese no dossel a partir da fotossíntese foliar.

METODOLOGIA:
Foi estudada uma rebrotação dos capins Tanzânia e Mombaça em parcelas (4 por cultivar, em blocos casualizados) irrigadas em Agosto 2005. Curvas foram geradas reduzindo a intensidade de luz de 2000 até 0 micromol fótons/m2/s com um analisador portátil de gás no infravermelho LI-6400 (Li-Cor, USA). Todas as medições foram feitas nas folhas mais novas completamente expandidas de dois perfilhos/parcela/bloco
RESULTADOS:
A fotossíntese foliar máxima (Amax), estimada pelo modelo hipérbole não-retangular (HNR) foi 10,8 e 16,9 micromol CO2/m2/s respectivamente para Tanzânia e Mombaça, e a saturação luminosa ocorreu, respectivamente, em torno de 1000 e 1400 micromol fótons/m2/s. Isso sugere que a intensidade da RFA não é o único fator limitante para a assimilação de carbono das plantas no inverno. Déficit hídrico e baixas temperaturas, associados à suspensão da adubação nitrogenada, provavelmente limitam atividade assimilatória de carbono por plantas e estandes.
CONCLUSÕES:
O Mombaça apresentou maiores taxas de fotossíntese em toda a faixa de variação da RFA. Isso, associado à maior produtividade do Tanzânia no inverno, sugere diferenças entre os capins na partição de fotoassimilados, o que está certamente associado a diferenças fenológicas e produtivas, e em última análise, à estacionalidade de produção.
Instituição de fomento: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Fotossíntese; Panicum; Curvas de Luz.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006