1 – Amostragem.
O experimento foi conduzidos em condições de campo, num Latossolo Vermelho Distroférrico (Latossolo Vermelho Escuro, textura argilosa), com teores baixos de Zn e baixos valores de saturação por bases na Escola de Agronomia e Engenharia de alimentos - UFG, município de Goiânia – GO. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial 4 x 4, com 4 repetições, sendo quatro doses de calcário e 4 doses e IQF totalizando 64 unidades experimentais.
Cada unidade experimental apresentou uma área total de 25,2 m2 (6,3m x 4,0 m), com 7 linhas de 4 m de comprimento espaçadas de 0,9 m (milho). Foi considerada uma área útil central de 10,8 m2 (4 linhas de 3 metros de comprimento de milho). Os resíduos industriais de metalurgia foram diluídos e enriquecidos com micronutrientes para formar o produto IQF (1,8% de B; 0,6% de Cu; 17,6% de Fe; 0,1% de Mn; 0,1% de Mo e 11,8% de Zn), composição semelhante a do FTE-BR12. Além dos nutrientes apresenta 1,30 % Pb, 0,22 % Cr e 0,080 % de Cd. O solo usado apresentava as seguintes caracteristícas: Argila 51 dag/dm3; M.O. 2,0 dag/cm3; pH em água 5,6; P (Mel) 2,00 mg/dm3; K 96 cmolc/L; Ca 1,40 cmolc/L; Mg 0,35 cmolc/L; CTC 7,00 cmolc/L; V% 28,83 mg/dm3; Cu 6,0 mg/dm3; Fe 39,0 mg/dm3; Mn 23,0 mg/dm3; Zn 2,00 mg/dm3.
Conforme os tratamentos as doses de calcário utilizadas foram: C0 - sem aplicação de calcário; C1 - ½ da dose recomendada para elevar V%=60; C2 - dose recomendada para elevar V%=60 e C3 - 2x a recomendada para elevar V%=60. O calcário empregado foi um dolomítico calcinado com PRNT de 140%. As doses de aplicação do IQF foram: D1 - 0 kg/ha de IQF; D2 – 25 kg/ha de IQF; D3 - 50 kg/ha de IQF e D4 - 100 kg/ha de IQF.
Após a aplicação do calcário (20 dias), foram aplicados os tratamentos. Foi realizada adubação básica conforme a necessidade. O milho plantado apresentava-se no terceiro ano de cultivo na área em rotação com a soja.
2 - Determinação produtividade e fitomassa da planta.
Por ocasião do pendoamento do milho foram coletados dados de inserção da altura da primeira espiga. No período de maturação fisiológica (quando o milho encontrava-se no ponto farináceo) coletou-se 1 m linear de plantas, contando-se o número de plantas. A produtividade de grãos por hectare foi obtida colhendo-se estes na área útil com a umidade corrigida a 13%. Foi obtido o peso da fitomassa verde total. As plantas foram separadas em caule, folha (verdes e senescentes) e espiga. O efeito dos tratamentos foram avaliados pela análise de variância, sendo comparadas por teste tukey a 5%. Posteriormente efetuou-se ajustes de regressão polinomial do segundo grau em função das doses de IQF e calcário aplicados.
3 – Determinação da análise foliar.
Na época do florescimento do milho foram coletadas amostras de folha (abaixo e oposta à espiga – 6 folhas/parcela), as quais, após a lavagem, secagem e trituração, foram analisadas para as variáveis N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Fe, Mn, Zn, Pb, Cr e Cd conforme metodologia de Malavolta et al., (1989).
4 – Determinação da análise de solo.
Foi feita a coleta de amostra na fase de florescimento. Coletou-se amostra em todos os blocos para a profundidade de 0 a 20cm, em dois blocos para a profundidade de 20-40 cm e em um bloco para a profundidade 40 a 60 cm. Os teores de micronutrientes e metais Cr, Cd e Pb fitodisponíveis foram determinados pelo Mehlich 1. Foram coletadas 10 amostras simples de solo por parcela, nas diferentes profundidades, as quais, após a homogeneização e quarteação, foram analisadas no Laboratório de Solos da EA-UFG, conforme metodologia proposta por Defelipo e Ribeiro (1981).