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G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 11. Psicologia Social

A QUALIDADE DE VIDA E AS FONTES COTIDIANAS DE ESTRESSE: UM ESTUDO COMPARATIVO INTERGERACIONAL NO CENTRO SUL FLUMINENSE - A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA USS

Paulo Armando Esteves Martins Vianna  1
Joanna Bastos de Faria Mancebo 1
Vera Cavalcante Di Lello  1
Fátima Rocha Luiz Vianna  1
Maria Elisa Carvalho Bartholo  1
Cláudio da Silva Ribeiro  1
(1. Universidade Severino Sombra)
INTRODUÇÃO:

A qualidade de vida é uma noção eminentemente humana e abrange muitos significados que refletem os conhecimentos, as experiências e os valores tanto de indivíduos quanto de coletividades. Tais significados refletem o momento histórico, a classe social e a cultura a que pertencem esses indivíduos. A relação entre qualidade de vida e saúde se traduz pelo interesse nos aspectos da qualidade de vida que são, ou estão sendo, influenciados pela ocorrência ou tratamento de doenças ou traumas ou estresse, entre outros fatores. A OMS definiu qualidade de vida como "a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações", incluindo seis domínios principais: saúde física, estado psicológico, níveis de independência, relacionamento social, características ambientais e padrão espiritual. Neste contexto, o presente projeto objetiva o estudo da influência de aspectos do cotidiano, entendidos como fontes de estresse, sobre a percepção de qualidade de vida em comunidades da Região Centro Sul Fluminense, indagando se as diferenças na percepção das fontes de estresse afetam a avaliação de qualidade de vida em diferentes faixas etárias. E aponta para a responsabilidade social da USS na formalização de ações educativas que objetivem minimizar os efeitos do estresse sobre o cotidiano dessas comunidades.

METODOLOGIA:

Trata-se de um projeto interdisciplinar que, integrando os pontos de vista psicológico, sociológico e pedagógico, pretende responder as hipóteses de que: a percepção das fontes cotidianas de estresse afeta o nível de avaliação de qualidade de vida em todas as faixas etárias; existe uma correlação inversamente proporcional entre a percepção das fontes cotidianas de estresse e o nível de avaliação de qualidade de vida em todas as faixas etárias. Como um estudo comparativo, de cunho descritivo, pretende cruzar dados obtidos na literatura a respeito da avaliação de qualidade de vida e da percepção das fontes cotidianas de estresse com os dados levantados. A investigação está sendo desenvolvida com uma amostra de 544 sujeitos, aleatoriamente selecionados, nos municípios Vassouras, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Mendes e Engenheiro Paulo de Frontin, da Região Centro Sul Fluminense. A coleta dos dado está sendo realizada através da aplicação de três instrumentos: o WHOQOL-bref, para avaliação de qualidade de vida, o Inventario de Sintomas de Stress de Lipp, para identificação de quadros característicos do estresse, e o Questionário de Levantamento das Fontes de Estresse, para a caracterização dos estressores

RESULTADOS:

O trabalho ainda está na fase de desenvolvimento, com a coleta de dados já tendo abrangido, até o momento, a aplicação dos instrumentos em 223 sujeitos, o que corresponde a 41 % da amostra delimitada para o estudo. A discussão e a análise dos dados levantadas partirá do seu confronto com os conceitos teóricos obtidos pelos métodos documental e bibliográfico e com as hipóteses estabelecidas para o estudo. Os dados levantados através dos instrumentos permitirão estabelecer, de modo mais preciso, o grau de correlação entre a avaliação de qualidade de vida e a percepção das fontes cotidianas de estresse da população estudada, pelo cruzamento das respostas aos instrumentos com os conceitos instituídos em pesquisas, tanto no campo das ciências da saúde em geral, quanto no campo da psicologia em particular, na literatura especializada e nos relatórios da OMS.

CONCLUSÕES:

Buscar formas de integrar a responsabilidade social à cultura das atividades de qualquer instituição é, hoje, condição primeira para a subsistência de recursos no âmbito do mercado de produtos a oferecer, incluindo a educação. Nesse sentido, as instituições carecem promover programas que fomentem a conscientização das comunidades quanto à sua autosustentabilidade e o seu desenvolvimento, que somente se torna possível através da responsabilidade social, em que diferentes representatividades possam pensar e agir por si mesmas. Assim, sabendo o que diferentes grupos/comunidades pensam a respeito da qualidade de vida, podemos lançar mão de estratégias para desenvolver projetos de responsabilidade social de acordo com a realidade construída no imaginário desses grupos/comunidades.

Instituição de fomento: Fundação Educacional Severino Sombra
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Qualidade de vida; Estresse; Responsabilidade Social.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006