F. Ciências Sociais Aplicadas - 2. Economia - 11. Economia |
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CAUSAS ECONÔMICAS, EDUCACIONAIS E SOCIAIS DO DESEMPREGO ENTRE OS JOVENS |
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Wilsimara Maciel Rocha 1 |
Carlos Alberto Ramos 1 |
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(1. Departamento de Economia, Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (FACE), UnB) |
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INTRODUÇÃO: |
O desemprego, especialmente entre a população jovem, é assumido por qualquer sociedade como um custo a ser revertido. O objetivo deste trabalho é identificar as principais variáveis que explicam a elevada taxa de desemprego entre os jovens brasileiros. A literatura teórica tende a procurar as possíveis causas dessa desocupação em variáveis tais como a educação, a existência de salário mínimo, imaturidade, falta de capital humano específico, legislação excessiva e inadequada e discriminação. Os resultados terão como parâmetros dados socioeconômicos extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2003, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). |
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METODOLOGIA: |
A metodologia usada partiu da aplicação de um teste econométrico envolvendo uma regressão logística, para a qual foram escolhidas as variáveis que o marco teórico adotado identifica como relevantes para explicar a situação de desempregado. A escolha dessas variáveis tem longa tradição na literatura da área (ver, por exemplo, Euler (2003), Ansiliero (2000) e Bayer (1998)).
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RESULTADOS: |
As variáveis dummy usadas na regressão apresentaram resultados significantes em nível de 5,0%. Os valores obtidos mostram que a mulher tem uma probabilidade 61,0% maior de estar desempregada em relação ao homem. Os indivíduos que freqüentam escola têm probabilidade 62,4% maior de se encontrarem desempregados, em relação aos que não freqüentam escola. As chances também são maiores para os jovens que freqüentam escola pública (45,5%), diante daqueles que freqüentam escola particular. Com respeito à região geográfica, tem-se que os habitantes de regiões metropolitanas têm maiores chances de estarem desempregados (19,0%), em relação aos que habitam as regiões não metropolitanas. Em contrapartida, a probabilidade de desemprego é menor entre os jovens de raça branca (9,8%), comparativamente aos de raça distinta. As chances são menores também para os indivíduos com nível superior, assim como para os mais ricos, ou seja, quanto melhor a situação social (evidenciada pelo decil de distribuição de renda), menor a probabilidade de estar desempregado. |
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CONCLUSÕES: |
O elevado desemprego entre as mulheres pode ser explicado pelos altos custos de contratação e pela discriminação por sexo, sobretudo quando se trata de contratação para empregos que oferecem perigo e risco de morte. Para os jovens que freqüentam escola, os resultados são justificados por eles não possuírem tempo para procurar emprego, em relação àqueles que não freqüentam escola. O maior número de desempregados entre os estudantes de escola pública se deve à inferior qualidade do ensino, em relação às escolas particulares, no Brasil. Na região metropolitana existem mais desempregados, visto que a competição é maior, o mercado é mais exigente, em termos de qualificação, e a migração para os centros urbanos dificulta a conquista de um emprego. A discriminação por raça é percebida, quando se compara o desemprego entre brancos e jovens de outras raças. Quanto aos jovens que têm nível superior, a conclusão é que quanto mais anos de estudo, menor a chance de ficar desempregado. E finalmente, os ricos têm menor chance de ficarem desempregados ou porque o meio social onde eles vivem influencia, ou porque a própria qualificação desse indivíduo lhe favorece na busca por um emprego.
É possível concluir, portanto, que variáveis como sexo, anos de estudo, freqüência escolar, região geográfica, raça e situação social (decil) são relevantes para explicar a elevada taxa de desemprego entre a população de 16 a 24 anos.
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Instituição de fomento: CNPq
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave: capital humano; desemprego; jovens. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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