A descoberta das potencialidades biológicas de metabólitos secundários extraídos de espécies nativas do Nordeste brasileiro pode se constituir em uma alternativa para a economia da região. Dentre as espécies em potencial, a Lippia gracilis Schauer se destaca pela capacidade de acumular em seus pelos glandulares óleos essenciais com atividade antimicrobiana. O objetivo deste trabalho foi avaliar a micropropagação de L. gracilis em diferentes concentrações de ácido indolacético (AIA).

O experimento foi montado no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Para tanto, utilizou-se segmentos nodais de L. gracilis com aproximadamente 1 cm de altura pré-estabelecidos in vitro. Em câmara de fluxo laminar, os explantes foram inoculados em frascos com capacidade para 200 mL contendo 20 mL de meio de cultura MS (Murashige e Skoog, 1962) com diferentes concentrações de AIA (0; 0,5; 1,0 e 2,0 mg L^-1). Após 30 dias da montagem do experimento, avaliou-se a taxa de multiplicação. O experimento foi inteiramente casualizado, com 4 parcelas por tratamento. Cada parcela foi constituída por 3 frascos, com 4 explantes cada um, perfazendo um total de 12 explantes por tratamento. As médias obtidas foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Mediante os resultados, conclui-se que a micropropagação de L. gracilis pode ser realizada com sucesso sem a adição de reguladores de crescimento. Esse fato é importante porque minimiza os custos de produção da muda.