E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 1. Silvicultura |
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Avaliação do crescimento em viveiro e campo de mudas de Eucalyptus grandis produzidos em tubetes de polihidroxibutirato (PHB) |
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Bruno Marco de Lima 1 |
José Carlos Arthur Junior 2 |
José Leonardo de Moraes Gonçalves 3 |
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(1. Aluno de graduação em Engenharia Florestal / ESALQ/USP; 2. Engenheiro Florestal Departamento Ciências Florestais / ESALQ/USP; 3. Professor Associado Departamento Ciências Florestais / ESALQ/USP) |
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INTRODUÇÃO: |
As pesquisas com embalagens para a produção de mudas têm sido muito dinâmicas e sempre acatando o princípio de que o sistema radicular é importante. Atualmente, os recipientes mais utilizados para a produção de mudas de eucalipto e pinus são sacos plásticos e tubetes de polipropileno.
Os plásticos biodegradáveis são polímeros que se degradam completamente por ataque microbiano em curto espaço de tempo. O Polihidroxibutirato (PHB) é um composto de uma classe dos polímeros termoplástico chamados “polihidroxialcanoatos” que servem a muitas bactérias como uma maneira de armazenar dentro da célula.
Com o uso deste tipo de material na confecção de tubetes, busca-se uma diminuição nos custos de produção da muda, através de um recipiente economicamente viável e não-retornável, além de uma redução nos custos de implantação, já que no momento de plantio não será necessário desentubetar as mudas, aumentando a eficiência do processo. Porém nada disso torna-se interessante se a muda não responder normalmente após o plantio, se desenvolvendo e atingindo produções alcançadas em florestas produzidas na maneira tradicional.
O escopo do presente trabalho é avaliar tubetes produzidos com polihidroxibutirato (PHB) como recipientes para produção de mudas de Eucalyptus grandis, avaliando o crescimento das mudas de E. grandis em viveiro e após o plantio no campo juntamente com seus recipientes de cultivo. |
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METODOLOGIA: |
A produção das mudas foi realizada no Viveiro de Mudas do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP. O tratamento proposto foi:
1. Testemunha – Tubete de polipropileno preto;
2. Tubete PHB Formulação 1;
3. Tubete PHB Formulação 3;
A implantação das mudas foi realizada na Estação Experimental de Ciências Florestais de Anhembi, de propriedade da LCF/ESALQ/USP localizado em Anhembi/SP.
O delineamento experimental em viveiro foi composto por um tratamento em três níveis e nove repetições, com 25 plantas por repetição. Em campo foi composto pelo mesmo tratamento nos três níveis propostos e três repetições, com 133 plantas por repetição.
As avaliações realizadas em viveiro foram de diâmetro do colo da muda (medições semanais), altura do caule da muda (medições semanais) e biomassa seca da parte aérea e do sistema radicular (medição no fim do período de cultivo). Também foi medida a massa do tubete (medição no início e fim do período de cultivo), grau de degradação do tubete (medição no fim do período de cultivo), concentração de nutrientes na planta (medição no fim do período de cultivo) e umidade relativa do ar, temperaturas máximas, médias e mínimas, lâmina de irrigação.
Em campo foram realizadas medições de diâmetro do colo e altura da planta (medições quinzenais até o sexto mês de crescimento) e configuração radicular. Também foi avaliado a massa do tubete e concentração de nutrientes na planta (medição semestral), sendo que foram avaliadas 5 plantas por repetição em 15, 30, 45, 60, 90 e 120 dias. |
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RESULTADOS: |
O crescimento em altura e diâmetro de colo no viveiro dos três tratamentos foram semelhantes, não havendo diferenças estatísticas significativas. O tubetes de PHB F1 e F3 apresentaram as maiores alturas médias (24,4 e 24,5 cm respectivamente) aos 102 dias de desenvolvimento, sendo que o tubete de polipropileno apresentou uma altura média menor (22,0 cm).
A altura média dos tratamentos plantados em campo mostra que aos 155 dias, o tratamento 2 (PHB F1) apresenta o maior valor (140,1 cm), o tratamento 1 (polipropileno) um valor intermediário (123,9 cm) e o tratamento 3 o menor valor (107,3 cm), pelo desvio padrão plotado nesse período, o tratamento 1 não difere de nenhum dos dois tratamentos de tubetes de PHB, porém a formulação 1 difere da 3, sendo a primeira superior. O diâmetro de colo também está correlacionado, apresentando as mesmas características em viveiro e campo.
A avaliação da biomassa seca total aos 120 dias de cultivo reflete o que vem ocorrendo com os diferentes compartimentos, folhas, galhos e raízes, com maior síntese de biomassa pelo tratamento de tubete de PHB F1 (119,30 g/planta) e menor síntese pelos tratamentos com tubetes de polipropileno e PHB F3 (73,99 g/planta e 56,32 g/planta respectivamente), sendo que o tratamento utilizando a F3 o de menor eficiência na produção de biomassa. Os tubetes foram para o plantio com 79,3% (T2) e 81,8% (T3) da massa inicial, e ao final do período de 120 dias a massa remanescente corresponde a 41,4% e 42,3%. |
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CONCLUSÕES: |
A avaliação da biomassa seca (folha, galho e total) mostrou que há diferenças entre a F1 e F3, mas ambas não diferem do tratamento testemunha (tratamento 1); O crescimento (altura e diâmetro de colo) e a avaliação de biomassa sofreram interferência de variações microambientais, que podem justificar as diferenças encontradas. |
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Instituição de fomento: Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais / Biocycle
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave: Biodegradável; Silvicultura; Viveiro. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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