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B. Engenharias - 1. Engenharia - 14. Engenharia

RESISTENCIA BIOLÓGICA DE PAINÉIS DE PARTÍCULAS ORIENTADAS (OSB) TRATADOS TERMICAMENTE

Raiana Quirino de Souza  1
Cláudio Henrique Soares Del Menezzi  1
(1. EFL, Faculdade de Tecnologia, Universidade de Brasília UnB)
INTRODUÇÃO:

A utilização de compostos à base de madeira ou lignocelulósicos, em relação à madeira maciça, vêm crescendo juntamente com a demanda no mercado nacional e internacional, onde são utilizados para os mais diversos fins. No entanto, como são constituídos, essencialmente, de madeira, apresentam elevados riscos de deterioração por organismos xilófagos. Nesse sentido, o tratamento térmico vem sendo estudado como alternativa frente ao ataque desses organismos. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a resistência biológica de painéis de partículas orientadas (OSB) tratados termicamente, frente a dois fungos xilófagos: um causador de podridão branca (Trametes versicolor) (Pers. Ex Fr.) Murril) e o outro causador de podridão parda (Gloeophyllum trabeum (Linnaeus ex Fries) Pilát.).

METODOLOGIA:

Foram utilizadas chapas (OSB) produzidas com madeira de Pinus sp. tratadas termicamente, com dois níveis de temperatura e três níveis de tempo, além de uma testemunha que não foi tratada, totalizando sete tratamentos. Para cada tratamento foram utilizados 12 repetições, por fungo, num total de 168 corpos-de-prova. Todas as amostras foram testadas segundo a norma ASTM D2017-81, de classificação da resistência natural das madeiras. Os corpos-de-prova foram expostos aos fungos por 12 semanas, obtendo-se assim, a perda de massa média por tratamento. Testaram-se a influência do tempo, da temperatura, como a sua interação, de cada tratamento; como também foi feita comparação com os painéis não tratados, através de teste de médias.

RESULTADOS:

Segundo a norma ASTM D2017-81, os painéis tratados termicamente foram classificados como “resistentes” ao ataque pelo fungo xilófago Trametes versicolor. Aqueles painéis atacados pelo fungo Gloeophyllum trabeum foram classificados como “moderadamente resistentes”. A análise de variância, em nível de 5% de probabilidade, não indicou diferença significativa entre os tratamentos, quando analisado o ensaio com o fungo de podridão parda. Os fatores analisados para este ensaio também não apresentaram diferença significativa. Quanto ao fungo de podridão branca, houve diferença significativa, estatisticamente, apenas entre à testemunha e o tratamento seis (mais intenso). A análise fatorial para este ensaio indicou que apenas o tempo apresentou significância com relação à perda de massa.

CONCLUSÕES:

No ensaio com o fungo de podridão branca foi verificado que quanto maior o tempo e temperatura de tratamento, melhor a resistência do painel frente ao ataque desse fungo. Não houve diferença significativa entre tratamentos submetidos ao ataque pelo fungo de podridão parda, mas sim entre os tratamentos e a testemunha. O tratamento térmico melhora a resistência dos painéis frente ao ataque de fungos xilófagos, podendo ser utilizado na preservação de painéis de madeira (OSB).

Instituição de fomento: INSTITUTO BRASILERIO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Fungos; Tratamento térmico; OSB.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006