IMPRIMIR VOLTAR
C. Ciências Biológicas - 1. Biofísica - 5. Biofísica

Influência do preparo do orifício na força de arrancamento de parafusos pediculares

Gilson Antonio Pereira Gonçalves 1
Vania Custódio Leite 1
Rodrigo Okubo 1
Helton Luiz Aparecido Defino 1
Antônio Carlos Shimano 1
(1. Dep. de Biomecânica, Medicina e Reabilitação do Ap. Locomotor da FMRP-USP)
INTRODUÇÃO:

Várias são as patologias que podem levar à instabilidade da coluna vertebral, como traumatismo raquimedular, espondilolistese, instabilidade pós-laminectomia, escoliose, tumor, dentre outras. Ao longo dos anos, muitas técnicas e instrumentais cirúrgicos têm sido desenvolvidos com o objetivo de dar estabilidade a coluna vertebral. Após a remoção da lesão, a estabilização e a artrodese do segmento vertebral acometido são necessárias, quando a estabilidade vertebral foi comprometida (Aldini,2002). A utilização do pedículo vertebral como local de ancoragem dos implantes foi descrita por Bechtol (1959), Harrington e Tulos (1969) e Roy-Camille e Demeulenare (1970), sendo esses últimos autores os propagadores dessa técnica. Temos, então, o pedículo como sendo o local mais resistente da vértebra e, considerada a facilidade de acesso cirúrgico via posterior, a deambulação precoce no pós-operatório, a redução do período de repouso no pós-operatório e eliminação de suporte externo no pós-operatório. Como desvantagens da técnica, podemos citar a implantação do parafuso em vértebras com osteoporose, o uso limitado em determinados níveis da coluna, como torácica baixa e lombar, a necessidade do conhecimento profundo da anatomia local e habilidade para implantação dos parafusos nos pedículos (An,2001). A proposta deste trabalho propõe avaliar a influência do tamanho do orifício na força de arrancamento dos parafusos pediculares, inseridos em corpos vertebrais de suínos.

METODOLOGIA:

Foram utilizadas vértebras de suínos e parafusos USS1 da Synthes de 5 mm de diâmetro e 30 mm de comprimento. As brocas possuíam diâmetro de 2,5mm; 3,8mm e 4,5mm. Os 3 grupos experimentais com 10 modelos cada grupo, foram: Grupo 1 – broca 2,5mm; Grupo 2 – broca 3,8mm e, Grupo 3 – broca 4,5 mm. Os parafusos foram inseridos até o final. A realização dos ensaios de arrancamento foi executada na Máquina Universal de Ensaio EMIC, a fim de obter valores das forças máximas. Foram realizados testes ANOVA e de Kolmogorov-Smirnov, com nível de significância de 5%.

RESULTADOS:

As forças máximas médias de arrancamento dos grupos foram, respectivamente: Grupo 1 – (1014,7+-153,3)N; Grupo 2 – (996,9+-107,4)N; Grupo 3 – (862,6+-141,2)N. Comparando as forças de arrancamento entre os grupos 1 com 2, não foram verificadas diferenças significativas, que foram encontradas nas comparações entre os Grupos 1 com 3 e 2 com 3.

 

CONCLUSÕES:

Os resultados das forças de arrancamento mostraram que o tamanho do furo realizado pela broca diminui a medida que aumentamos o tamanho do furo, mesmo não havendo diferença estatística significativa entre as brocas 2,5mm e 3,8mm. Qualitativamente, até saberíamos qual teria a menor força de arrancamento, entretanto não sabemos quanto. Portanto, este trabalho foi importante para quantificar as forças.

Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Parafuso Pedicular; Vértebra; Fixador Interno de Coluna.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006