D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 2. Analise Toxicológica |
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ATIVIDADE LARVICIDA DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE PLANTAS CONTRA AS LARVAS DO Aedes aegypti |
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Grace Anne Azevedo Dória 1 |
Wellington José da Silva 2 |
Rosilene Moretti Marçal 3 |
Sócrates Cabral de Holanda Cavalcanti 4 |
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(1. Departamento de Fisiologia/UFS; 2. Departamento de Fisiologia/UFS; 3. Profª. Drª- Departamento de Fisiologia/UFS; 4. Prof. Dr.- orientador/Departamento de Fisiologia/UFS) |
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INTRODUÇÃO: |
Dentre as doenças virais de transmissão vetorial a dengue, transmitida pelo Aedes aegypti, é a doença que mais causa impacto em termos de morbidade e mortalidade na população mundial. Sendo também a que exige esforços e investimentos cada vez mais intensos dos serviços de saúde pública. A situação epidemiológica da dengue no Brasil caracteriza-se pela expansão da infestação vetorial, que não está sendo contida pelas ações de combate dos programas de controle vetorial. De modo a minimizar os prejuízos, é de fundamental importância à descoberta de novos métodos de combate ao vetor de dengue. A melhor forma de combater a doença é erradicar o mosquito através do uso de larvicidas em seus locais de reprodução, por exemplo, o temefós que vem sendo utilizado pela Vigilância Sanitária. Entretanto, as larvas e os mosquitos já estão adquirindo resistências aos inseticidas sintéticos. E considerando que os óleos essenciais de muitas plantas são por natureza tóxicas para os mosquitos, e menos agressores ao meio ambiente, este trabalho visa determinar a atividade larvicida de óleos essenciais de cinco plantas, sendo estas a Hyptis fruticosa, Hyptis pectinata, Lippia gracillis, Croton heliotropiifolius e Croton pulegiodorus. |
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METODOLOGIA: |
As folhas foram coletadas, secas em estufa, trituradas e peneiradas de modo a obter um pó. Os óleos essenciais foram obtidos através de hidrodestilação utilizando o aparelho de Clevenger durante 4 h. Amostras dos óleos essenciais foram analisadas por CG/MS em equipamento Shimadzu QP5050A. Vinte larvas entre o 3° e 4° estádios foram utilizadas por concentração,. Os testes foram realizados em quintuplicada com concentrações apropriadas para cada planta. Controles positivo e negativo foram utilizados com temefós, e tween 80 a 0,04%, respectivamente. As larvas foram expostas às concentrações durante um período de 24 h. A DL50 foi calculada utilizando-se o método de Reed-Muench e o intervalo de confiança 95% calculado pelo método de Pizzi. |
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RESULTADOS: |
Os óleos essenciais de H. fruticosa, H. pectinata, L. gracillis, C. heliotropiifolius e C. pulegiodorus foram obtidos com 2,0%, 0,5%, 2,8%, 0,2% e 5%, respectivamente. Cinqüenta e nove compostos, representando 91,84% a 98,39% foram identificados. Os principais constituintes foram identificados como sendo 1,8-cineol, espatulenol, β-cariofileno, óxido de cariofileno, carvacrol e biciclogermacreno. Os constituintes voláteis das folhas induziram 100% de mortalidade da larva do A. aegypti após 24 h a 2000 mg/L (H. fruticosa), 1000 mg/L (H. pectinata), 300 mg/L (L. gracillis), 1500 mg/l (C. heliotropiifolius) e 500 mg/L (C. pulegiodorus). O óleo essencial da L. gracillis foi o mais potente com uma CL50 de 98 ppm. H. fruticosa, H. pectinata, C. heliotropiifolius e C. pulegiodorus exibiram maiores CL50. |
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CONCLUSÕES: |
As larvas do A. aegypti são susceptíveis a composição dos óleos essenciais avaliados, sobretudo ao óleo essencial da L. gracillis. O uso de produtos naturais pode ser uma alternativa importante para o controle da larva do A. aegypti, uma vez que os produtos naturais constituem uma fonte rica de compostos bioativos que são biodegradáveis, atóxicos e potencialmente adequados para o uso em programas de vigilância sanitária. A L. gracillis é uma planta adaptada ao clima tropical de fácil cultivo e de alto rendimento, portanto o óleo essencial da planta será facilmente disponível com baixo custo. De acordo com as presentes conclusões, o óleo essencial da L. gracillis pode ser usado como um larvicida ecologicamente seguro. |
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Instituição de fomento: CNPq, FAP-SE
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave: Aedes aegypti; óleos essenciais; dengue. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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