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E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 5. Ciências Florestais

COMPARAÇÃO DA DURABILIDADE NATURAL E COLORIMETRIA DE DUAS ESPÉCIES FLORESTAIS DE VALOR ECONÔMICO, FRENTE AO ATAQUE ACELERADO DE TRÊS BASIDIOMICETOS CAUSADORES DE PODRIDÃO BRANCA E DE PODRIDÃO PARDA

Igor Marcelo Corrêa da Costa 1
Alexandre Florian da Costa 1
(1. Universidade de Brasília, UnB)
INTRODUÇÃO:

A madeira tem sido um dos materiais mais utilizados pelo homem. Sua exploração seletiva e desordenada, juntamente com a ação de organismos xilófagos, tem ocasionado sérios problemas de oferta e se constituído em fator limitante para o seu aproveitamento. A cor tem se constituído numa característica importante como base para a identificação e indicação de usos finais. Neste sentido, o estudo da resistência natural da madeira, e da sua cor podem ser importantes ferramentas para o seu uso racional.

METODOLOGIA:

As espécies Eucalyptus grandis Hill ex Maiden. e Eucalyptus cloeziana F. Muell foram selecionadas. De cada espécie, foram abatidas três árvores, sendo retirado um torete, de um metro de comprimento, da porção próxima à base, outro da porção do meio, e outro do topo. Dos toretes, foram obtidos os corpos-de-prova para determinação de massa específica e para o ensaio acelerado de ataque de fungos. Foram selecionados os fungos Schyzophyllum commune e Trametes versicolor, de podridão branca e Gloeophyllum trabeum de podridão parda. A durabilidade natural, determinada por meio da percentagem de perda de massa do corpo de prova, e a cor da madeira, foram determinadas antes e após o ataque dos fungos ao longo do tronco.

RESULTADOS:

A porção do meio do Eucalyptus cloeziana foi mais resistente que a base e o topo da árvore para Schyzophyllum commune e Trametes versicolor. Para Gloeophyllum trabeum a porção do topo foi mais susceptível em relação à base e ao meio da árvore. A perda de massa do Eucalyptus grandis, após o ataque dos fungos, foi crescente da base para o topo da árvore. A massa específica básica do E. cloeziana foi inferior à do E. grandis. Não houve diferença significativa da massa específica básica ao longo da árvore para ambas espécies. O E. grandis apresentou coloração mais vermelho-claro e o E. cloeziana marrom, não havendo diferença de cor em relação à posição na árvore para ambas espécies.

CONCLUSÕES:

As duas espécies apresentaram coloração marrom avermelhado após o ataque dos fungos. Ambas as espécies foram classificadas como altamente resistentes, sendo o Eucalyptus cloeziana mais resistente ao ataque dos fungos do que o E. grandis.

Instituição de fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: durabilidade natural ; colorimetria; Eucalyptus cloeziana, Eucalyptus grandis.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006