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D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 7. Saúde Materno-Infantil
PREVALÊNCIA  DA  DIABETE  TIPO 2  NUMA COORTE DE  MULHERES  COM ANTECEDENTE DE DIABETE GESTACIONAL ASSISTIDAS NO PROGRAMA HOSPITAL-DIA DO HOSPIAL PADRE JEREMIAS
Matias Costa Vieira 1
Kátia Rivero 1
José L. Machado 1
Ivo Behle 1
(1. Unidade Perinatal do Hospital Padre Jeremias / FUC)
INTRODUÇÃO:
É provável que a diabete gestacional representa manifestação precoce da intolerância aos hidratos de carbono, em mulheres geneticamente predispostas. A presença desse distúrbio do metabolismo, no intervalo interpartal, representa risco elevado para cardiopatia congênita e doença arterial coronoariana, entre outros. Nesse estudo avaliamos a prevalência da diabete tipo 2 em mulheres cuja última gravidez, ocorrida há pelo menos dois anos, transcorreu  com diabete gestacional.
METODOLOGIA:
Das 171 mulheres assistidas no Programa Hospital-dia, do Hospital Padre Jeremias,  foram recrutadas aquelas cujo último filho completou pelo menos dois anos (n=86). Elas foram avaliadas clinicamente e submetidas a exames complementares para determinação da existência de alterações do metabolismo dos hidratos de carbono. Foram consideradas portadoras de diabete tipo 2 aquelas cujo teste de sobrecarga à glicose, 2 horas após a ingestão de 75 de glicose anidra, revelou taxa igual ou superior a 200 mg/dl. Mulheres com taxas glicêmicas entre 140 e 199 mg/dl foram consideradas portadoras de intolerância aos hidratos de carbono. Mulheres com taxas inferiores a 140 mg/dl foram consideradas normais. O teste de sobrecarga foi realizado no período da manhã, em repouso, num ambiente com temperatura controlada em 22 ºC, segundo critérios da Organização Mundial da Saúde.
RESULTADOS:
Seis  mulheres revelaram taxa glicêmica superior a 200 mg/dl (7.0%); 27 entre 140 e 199 mg/dl (31,4%) e 53 abaixo de 140 mg/dl (61,6%).
CONCLUSÕES:
A prevalência de diabete tipo 2, nessa coorte, encontra-se dentro da média revelada pela população brasileira. Entretanto, a elevada taxa de intolerância aos hidratos de carbono, em pleno período reprodutivo, orienta para  a necessidade de intervenção, já que está perfeitamente estabelecido que o risco para malformação cardíaca fetal, nesses casos, é pelo menos 8 vezes maior.
Instituição de fomento: CNpq
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Diabes materno; Prevalência; Seguimento clínico.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006