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A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 1. Físico-Química

APLICAÇÃO DO INDOL NA FOSFATIZAÇÃO DO AÇO CARBONO

Cristiane Spagnol 1
Martha Tussolini 1
Maico Taras da Cunha 1
Paulo Rogério Pinto Rodrigues 1
(1. Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO - Paraná / Deq)
INTRODUÇÃO:

A exposição dos metais ferrosos a diferentes meios agressivo tem levado aumentado o numero de pesquisas em busca da proteção perfeita contra a corrosão dos mesmos. A fosfatização é uma das técnicas de tratamento de superfície de metais ferrosos e não ferrosos mais conhecida industrialmente que permite obtenção de camadas insolúveis de fosfato, de reduzida espessura e cristalização fina sobre a matriz ferrosa. O emprego de substâncias orgânicas - inibidores no processo de fosfatização é utilizado para aumentar a resistência à corrosão dos substratos metálicos.

O objetivo deste trabalho é estudar a eficiência inibidora contra corrosão do indol em banhos de fosfato tricatiônico (Ptri) para o aço carbono 1008, com o intuito de desenvolver uma nova formulação, que poderá ser comercializada no setor metalúrgico regional.

METODOLOGIA:

Para o estudo deste trabalho foram feitos os seguintes ensaios: Curvas de polarização potenciostática anódica e diagrama de impedância eletroquímica.

Para o banho de Ptri (Zn, Ni, Mn) foram utilizados reagentes de grau industrial e água destilada.

A concentração de Indol [i] utilizada neste estudo foi 10-2 mol.L-1.

As soluções de H2SO4 0,1 mol L-1, NaCl 0,5 mol L-1 e NaOH 0,1 mol L-1 foram preparadas com água bi-destilada e reagentes de grau analítico.

O processo de fosfatização das peças de aço carbono 1008 é executado em quatro etapas:

1a Etapa: Tratamento de superfície: Realiza-se um tratamento superficial da peça metálica em uma politriz com lixa de SiC de grana 600 seguido de enxágüe e secagem.

2a Etapa: Tratamento de ativação da superfície: Após tratamento superficial a peça é imersa na solução de ativação por 90 segundos.

3a Etapa: Fosfatização: A peça metálica é imersa em banho de Ptri em temperatura média de 25ºC, permanecendo por 5 minutos, resultado em uma camada pouco espessa de Ptri sobre a superfície metálica.

4a Etapa: Limpeza: Retira-se a peça do banho de fosfato submetendo esta a um novo enxágüe em água corrente e seca em estufa a 80ºC.

Os ensaios de polarização potenciostática anódica foram feitos em um potenciostato.

A impedância eletroquímica foi desenvolvida em um equipamento da marca GAMRY.

 

 

RESULTADOS:

Foram realizadas medidas de polarização potenciostática anódica para os meios em estudo empregando-se a matriz (aço carbono 1008 polido), matriz fosfatizada sem indol e matriz fosfatizada com indol. Observa-se que a fosfatização do substrato com indol diminui acentuadamente a densidade de corrente (i) no meio de H2SO4 e menos acentuadamente em meio de NaOH. Em meio de NaCl verifica-se um deslocamento total da curva para valores mais negativos, sugerindo que a camada de fosfato formada na presença do inibidor é menos resistente ao ataque de íons cloreto do que aquela formada na ausência do inibidor.

Verifica-se através de diagramas de impedância eletroquímica para o aço carbono em meio de H2SO4 que a fosfatização com o uso do indol apresenta elevados valores de resistência de polarização (Rp).Para o meio de NaOH, percebe-se valor de Rp muito elevada sugerindo uma passivação do metal em todos meios. Em meio de NaCl, valores de Rp menores em comparação com os obtidos para a matriz sugerem que a camada de fosfato depositada promove a formação de Pites.
CONCLUSÕES:

O indol pode ser utilizado como passivador em conjunto com o processo de fosfatização.

Instituição de fomento: PBIC / CNPq
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Fosfatização; Aço Carbono; Indol.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006