G. Ciências Humanas - 7. Educação - 7. Educação Infantil |
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RELAÇÃO MATERNIDADE-DOCÊNCIA E O PROCESSO EDUCACIONAL DA INFÂNCIA |
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Maraiza Oliveira Costa 1 |
Ivone Garcia Barbosa 1 |
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(1. Universidade Federal de Goiás) |
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INTRODUÇÃO: |
O presente trabalho está vinculado ao projeto de pesquisa “Políticas Públicas e Educação da Infância em Goiás: história, concepções, projetos e práticas”, coordenado pela professora Drª. Ivone Garcia Barbosa, da Faculdade de Educação/UFG. O tema, que permeia assuntos ligados a gênero, maternidade e docência, justifica-se pela necessidade de entendermos como se deu o processo de feminização da docência ao longo dos tempos. Objetivamos analisar as transformações advindas da modernidade no papel da mulher e o modo como essas influenciaram no desempenho do papel de mãe-professora, identificar se o tema “gênero” é discutido e como é discutido em alguns cursos de licenciatura e verificar a concepção do “ser mulher” e do “ser mãe” de algumas mães-estudantes e como isto pode influenciar na docência e no processo educacional de seus filhos. |
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METODOLOGIA: |
A coleta de dados foi realizada com 60 estudantes-mães dos cursos de licenciatura em Educação Física, Letras, Artes e Pedagogia da Universidade Federal de Goiás. A coordenação de cada um dos cursos assinou uma autorização após ser comunicada sobre o tema e sigilo da pesquisa. No questionário havia oito perguntas abertas para investigar o conceito de mulher, gênero e maternidade das participantes, assim como a relação docência-maternidade e em qual nível se discute gênero em cada um dos cursos de licenciatura. Em seguida analisamos os dados obtidos quantitativa e qualitativamente, partindo das práticas discursivas das colaboradoras da pesquisa, levando sempre em consideração o movimento histórico-dialético, ou seja, a presença dos fatos históricos e seu constante dinamismo perante a realidade concreta dos indivíduos. |
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RESULTADOS: |
O auto-conceito da maioria das mulheres está muito ligado a maternidade, a afetividade e a força/luta. A concepção do “ser mãe” está em uma esfera de satisfação pessoal e parte das participantes pensa no amor materno como instintual. 80% das participantes responderam que existe relação entre o papel de professora e o de mãe. 60% disse que há diferença na educação de meninos e meninas. 68,3% das mulheres consideram que meninos e meninas aprendem a ser meninos e meninas pelo referencial de feminino ou masculino que têm em seu convívio social, como por exemplo, na relação com a mãe e com o pai. 41,7% das estudantes não definiram gênero e 58,3% definiram de diferentes formas. |
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CONCLUSÕES: |
Constatamos que a constituição histórica da imagem do profissional de educação infantil tem estado fortemente impregnada do mito da maternidade e da mulher como educadora nata. Diante disso acreditamos que o problema não é unir a aprendizagem à afetividade, o problema é relacionar o ato de cuidar, de ser permissiva, de ser paciente e doce apenas à mulher. Enfim, esta pesquisa contribuiu para que aspectos relevantes de nossa sociedade, o universo feminino e a educação fossem levantados. Além de despertarmos para a necessidade real de se discutir o tema gênero nas faculdades, principalmente nas de formação de professores. |
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Instituição de fomento: CNPq
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave: Maternidade; Docência; Infância. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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