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C. Ciências Biológicas - 7. Fisiologia - 5. Fisiologia
A INFLUÊNCIA DA MATURAÇÃO BIOLÓGICA NAS VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS EM JOGADORES DE FUTEBOL
Josianne da Costa Rodrigues 1
Giovani dos Santos Cunha 1
Felipe Garcia Célia 1
Hilário de Melo Júnior 1
Jerri Luis Ribeiro 1
Alvaro Reischak de Oliveira 1
(1. Depto Ed.Física - Escola de Ed. Física (ESEF) - Univers. Federal RS / UFRGS )
INTRODUÇÃO:
As respostas do VO2máx em jogadores de futebol profissional são bem conhecidas, mas não existe consenso sobre o comportamento do VO2máx e do limiar anaeróbio durante a maturação biológica em jogadores de futebol. No entanto, há evidências na literatura de que a maturação biológica pode influenciar variáveis fisiológicas como o VO2máx e o limiar anaeróbio, fundamentais para a prescrição e controle de treinamento. Assim, este trabalho tem como objetivo verificar se a maturação biológica influencia nas variáveis fisiológicas VO2máx absoluto (L.min-1) e relativo (ml.kg-1.min-1) ; limiares ventilatórios (LV1 e LV2); freqüência cardíaca (FC) e taxa de troca respiratória (RER).
METODOLOGIA:
A amostra foi composta por 37 jogadores de futebol do sexo masculino com idade (12,3-15,3anos), peso (32,1-78kg) e altura (1,32-1,94m) divididos em 3 grupos: 10 pré-púberes (Pp), 13 púberes (P) e 14 pós-púberes (PP). Para a coleta e análise do LV1, LV2 e VO2máx foi realizado um teste de esforço progressivo máximo em esteira, com velocidade inicial de 7 km/h e incrementos de carga de 0,5 km/h a cada 30 segundos, até a exaustão voluntária do atleta. Simultaneamente ao teste máximo foi realizada uma ergoespirometria direta. Os critérios para determinação do VO2máx, LV1 e LV2 foram: o VO2 era considerado máximo quando o indivíduo apresentava uma tendência a um platô no VO2, enquanto LV1 e LV2 eram observados a partir das duas quebras da curva de ventilação, onde a primeira quebra era atribuída ao LV1 e a segunda quebra ao LV2. Para auxiliar na determinação do LV2, foi avaliado o aumento desproporcional do equivalente de O2 ao equivalente de CO2. A freqüência cardíaca foi mensurada através do Polar S610 e a maturação biológica foi determinada através da tabela 6 estágios de Van Weriger (1971). Para a análise estatística dos resultados utilizou-se média e desvio padrão, Anova e post hoc Tukey.
RESULTADOS:
Resultados: quando o VO2 foi expresso na forma relativa, não houve diferenças significativas entre os grupos nas variáveis VO2máx e LV2, mas foi encontrada diferença em favor dos Pp no LV1. Entretanto, quando o VO2 foi expresso na forma absoluta, encontraram-se diferenças significativas entre os grupos nas variáveis VO2máx e LV2 em favor dos PP, não ocorrendo diferenças relacionadas ao LV1. Os dados de FC demonstraram uma diferença significativa na FC de LV1 em favor dos Pp. Por fim, observou-se que os Pp apresentaram valores de RER mais baixos que os outros grupos em distintas cargas de exercício.
CONCLUSÕES:
A interpretação destes resultados sugere que a maturação biológica influencia nas variáveis fisiológicas (VO2, LV1, LV2, FC e RER) de jovens jogadores de futebol.
Instituição de fomento: CNPq e CENESP
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: maturação biológica; consumo de oxigênio e limiares ventilatórios; jogadores de futebol.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006