A discursão do tema territorialidade por muitas vezes sofre interpretações dúbias, em virtude desse problema o interesse sobre o assunto foi estimulado, em foco desse problema os alunos do curso de geografia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), analisamos se ao longo de sua vida acadêmica esses indivíduos captaram a idéia sobre territorialidade, de forma evolutiva desde o primeiro semestre até o seu término, e dentro da pesquisa observaremos os motivos que levaram a esses dados, influência da instituição, dos professores e claro das referências teóricas que esses estudantes se baseiam para esse assunto, todos esses dados pautados em questionários de amostragem.

Esse trabalho teve sua operação de pesquisa baseado em questionário de amostragem dividido em  dados pessoais e referentes ao tema, totalizando quarenta perguntas por questionários que foram entregues nos oito semestres de geografia da UESB, compreendidas em vinte questionários por semestre.

O que obtivemos nesse trabalho surpreendeu a nós pesquisadores, pois a idéia que tínhamos do curso foi posta em cheque, e esses dados influenciaram a pesquisa. A insatisfação com a universidade foi abaixo do eu esperávamos e teve uma aceitação razoável, outro fator importante observado contraria uma idéia comum, o da escolha do curso ao ingressar na universidade, 90% disseram que escolheram essa ciência por afinidade e não por falta de opção ou por ter essa disciplina uma baixa concorrência.Com relação ao tema territorialidade as respostas foram frustrantes nos primeiros semestres 20% associam a idéia de territorialidade ao seu radical território, nos semestres posteriores há uma associação mais complexa da territorialidade com o espaço, outro ponto importante é que 60% dos alunos entrevistados ligam o território e o espaço á um poder seja econômico, político, etc.

Com relação ao referencial teórico desses alunos nada de novo foi oferecido, os autores que esses estudantes conhecem que tratam o tema ficou bastante previsível, 60% citaram Nilton Santos, seguido por Raffestim, e Manoel Correia de Andrade.

A partir dos dados que obtivemos e de observações concluímos que o tema territorialidade é assimilado pelos alunos de forma evolutiva, nos primeiros semestres o assunto territorialidade tem uma forma vaga e sem raízes mais complexas sempre ligadas a idéia de território, ao longo da vida acadêmica há um amadurecimento do conceito ganhando uma forma bem distinta, as idéias de espaço aparecem nos semestres posteriores juntamente com a idéia de poder.

Quer dizer que só no término do curso os estudantes conseguem formular o “tripé” teórico, espaço, território e poder, isso indica a evolução do tema por esses alunos, mas não indica que esses indivíduos chegaram a um conceito claro, na verdade as queixas desses alunos foram freqüentes ao longo da pesquisa de quase um ano, eles reclamaram sobre as discursões sobre o tema serem pífias e de forma superficial, isso em sala de aula, outra reclamação de forma quase unânime é do curso ser muito voltado a área de ensino e pouco pratica, em virtude da mudança da grade curricular muitas disciplinas fisicas foram substituídas por matérias mais dirigidas a licenciatura, com essas reclamações um termo foi criado,  a geopedagogia.