H. Artes, Letras e Lingüística - 3. Literatura - 6. Literatura |
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RECONFIGURAÇÃO DA CRÍTICA NA RETÓRICA DEMONSTRATIVA. |
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Polliana Freire dos Anjos 1 |
Marcello Moreira 2 |
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(1. Graduanda do curso de Letras, bolsista PIBIC - UESB ; 2. Professor doutor adjunto) |
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INTRODUÇÃO: |
Objetiva-se Objetiva-se discutir a natureza discursiva do “paradoxo” a partir da leitura de preceptivas retóricas e poéticas que regram a elaboração das espécies de discurso pertinentes ao subgênero vituperante do epidítico, já que o paradoxo dele participa. Cabe ressaltar que se faz necessária a pesquisa dos procedimentos empregados na composição de discursos pertencentes ao subgênero elogioso do epidítico, caso se queira de fato compreender a natureza do paradoxo, já que a derrisão, nele, advém do emprego de procedimentos apropriados à produção do louvor com vistas a louvar-se algo que só pode ser matéria de vitupério, daí se originando o nome genérico que serve de rubrica para esses discursos. Ou seja, o discurso paradoxal afasta-se dos critérios que legitimam a produção das espécies discursivas laudatórias, por tomar como objeto de louvor algo que se configura como objeto de vitupério, rompendo dessa forma com a relação entre louvor e objeto de louvor. Poder-se-ia propor também que o “paradoxo” rompe com o horizonte de expectativa do público leitor que lhe é coetâneo. No entanto, pode-se argumentar que os leitores discretos conhecem os preceitos empregados na produção do paradoxo, o que os habilita a verificarem a adequação entre o texto paradoxal lido e o horizonte de expectativa criado por obras dessa natureza. O discurso paradoxal continua a exercer a mesma função didática do vitupério pelo fato de criticar de modo indireto as ações indecorosas através do “encômio paradoxal”. |
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METODOLOGIA: |
A pesquisa que ora se apresenta é fruto dos estudos desenvolvidos pelo professor Dr. Marcello Moreira e pela bolsista do PIBIC e discente do curso de Letras da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Polliana Freire dos Anjos. Como se visa ao estudo histórico de formações discursivas que não são mais produtivas hodiernamente, estuda-se a historicidade dos discursos selecionados, o que implica conhecer suas especificidades estruturantes, a que se chega por meio do estudo das preceptivas retóricas e poéticas dos séculos XVI e XVII. |
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RESULTADOS: |
A compreensão dos preceitos retóricos e poéticos que regravam a elaboração de espécies discursivas pertencentes aos subgêneros laudatório e vituperante do gênero demonstrativo, aliada ao entendimento histórico dos processos de elaboração, divulgação e aceitação das espécies discursivas dos dois subgêneros pertencentes ao demonstrativo, possibilita compreender a importância desses discursos naquela conjuntura sem incorrer em anacronismos, além disso, torna-se possível compreender as funções política, pedagógica e social imbuídas nesses discursos, as quais só eram passíveis de entendimento pelo público discreto da época. |
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CONCLUSÕES: |
Objetiva-se, a partir da compreensão teórica sobre retórica epidítica, instrumentalizar os leitores contemporâneos que se interessem pelos estudos das espécies discursivas pertencentes aos subgêneros laudatório e vituperante do gênero demonstrativo produzidos entre os séculos XVI e XVII, e que, portanto, não são mais produtivos atualmente, para que, desta forma, possam empreender uma leitura correta sobre esses discursos. |
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Instituição de fomento: UESB / CNPq / PIBIC
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave: Epidítico; Precptiva; Discursivo. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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