G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 6. Psicologia do Desenvolvimento Humano |
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INSERÇÃO ECOLÓGICA NA COMUNIDADE: EM BUSCA DA REINSERÇÃO FAMILIAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS |
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Queila Almeida Vasconcelos 1 |
Raquel Medeiros de Moraes 1 |
Simone dos Santos Paludo 1 |
Maria Angela Mattar Yunes 1 |
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(1. Fundação Universidade Federal do Rio Grande) |
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INTRODUÇÃO: |
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, crianças encaminhadas para instituições de abrigo devem permanecer institucionalizadas no máximo por três anos, bem como devem manter os vínculos familiares. No entanto, isso não é constatado na realidade, a maioria delas permanece muito mais tempo no ambiente institucional, enquanto suas famílias continuam na situação de vulnerabilidade social, econômica e emocional, sem atendimentos eficientes. Nesse sentido, o presente estudo visa a compreender os motivos que levam ao abrigamento as crianças e os adolescentes da cidade de Rio Grande. Ao mesmo tempo, procura-se conhecer e analisar o funcionamento da rede de apoio social em relação às famílias das crianças e adolescentes institucionalizados. A abordagem bioecológica de Urie Bronfenbrenner constitui-se em um referencial teórico/metodológico adequado para avaliar as múltiplas interações entre pessoas e seus contextos de desenvolvimento. |
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METODOLOGIA: |
Para realizar este estudo, foi utilizada a Inserção Ecológica como metodologia de pesquisa, pois focaliza o "desenvolvimento-em-contexto". O pesquisador se insere no local a ser estudado e investiga o ambiente e sua influência no desenvolvimento das pessoas. Participaram deste estudo os funcionários e dirigentes de duas Instituições de Abrigo e quatro famílias, cada qual com uma criança institucionalizada. Essas famílias foram indicadas pelos dirigentes das instituições de abrigo por apresentarem maiores possibilidades de reaver a guarda das crianças. Os dados foram coletados em entrevistas realizadas durante visitas semanais na casa das famílias e reuniões mensais com os funcionários e dirigentes das Instituições de Abrigo. Foram também investigados outros ambientes que fazem parte da rede de atendimento às crianças e adolescentes como as escolas, os agentes comunitários de saúde e o fórum municipal. Através da inserção dos pesquisadores nos diferentes ambientes de desenvolvimento investiga-se o perfil destas famílias e o processo de reinserção familiar. |
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RESULTADOS: |
Resultados preliminares apresentam como principal motivo para a institucionalização a negligência e impossibilidade das mães – como representantes da família - de cuidarem dos filhos por alcoolismo e "problemas psicológicos". Porém, é possível observar que os conselheiros tutelares são por vezes, pessimistas e precipitados no julgamento das famílias e na sugestão de retirada das crianças dos lares. Reiteramos o que outros estudos já constataram sobre a ausência de comunicação para o funcionamento de uma rede social em prol das crianças e adolescentes institucionalizados. |
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CONCLUSÕES: |
Fica evidente a necessidade de capacitação dos cuidadores dos abrigos e dos conselheiros tutelares para compor um sistema de trabalho conjunto entre os ambientes envolvidos. Esta pesquisa tem por objetivos finais: a) propor estratégias e metodologias de intervenção para a busca de soluções para o melhor atendimento e bem-estar de crianças, adolescentes abrigados e suas respectivas famílias e b) possibilitar a reinserção familiar no menor tempo possível para evitar a vitimização de todos. |
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Instituição de fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave: Crianças e adolescentes institucionalizados; Reinserção familiar; Rede de apoio social. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |