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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem

A Pratica Avaliativa Docente no Ciclo II do Ensino Fundamental: Ruptura ou Continuidade de Paradigma?

Vanessa de Arruda Brunca 1
Ademilson Batista Paes 1
(1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL)
INTRODUÇÃO:

A presente pesquisa investigou a prática avaliativa dos professores da rede pública estadual na cidade de Paranaíba (MS). Para tanto, buscou-se compreender, por exemplo, as medidas de implantação da chamada Progressão Continuada em Mato Grosso do Sul; as influências das Tendências Pedagógicas nesse processo, bem como os novos instrumentos avaliativos na proposta, já que ela tinha como cerne a mudança no conceito e da prática avaliativa docente.

 

 

METODOLOGIA:

A investigação se estruturou em duas instâncias: 1)- Pesquisa bibliográfica, centrada nos teóricos ligados à temática; 2)- Pesquisa de campo: aplicação de questionários semi-estruturados a docentes e coordenadores pedagógicos de três (03) escolas estaduais de Paranaíba. E partir daí, análise e triangulação dos dados.

RESULTADOS:

Observou-se que o sistema dos Ciclos em encontra-se fundamentado numa concepção de que a aprendizagem e desenvolvimento da criança dão-se por períodos ou fases. Assim, busca-se, com tal proposta uma ruptura com o clássico modelo da seriação. Todavia sabe-se que tal ruptura é um tanto quanto complexa. Para alguns autores, há um equívoco na idéia de que não reprovar significa não avaliar. Na Progressão Continuada, a avaliação existe, porém de uma forma muito cautelosa, sendo mais exigente. Constatou-se que a implantação de novas propostas educacionais como a dos Ciclos e Progressão Continuada ocorrem de forma aligeirada, como política de gabinete, sem uma consulta ou capacitação das bases, nesse caso os professores. Estes, afirmam que não tiveram capacitação que lhes fornecessem subsídios para que entendessem e refletissem sobre a implantação e implementação da Progressão Continuada.

CONCLUSÕES:

Para que qualquer implantação de uma nova proposta educacional tenha resultados significativos para a aprendizagem dos alunos é necessário que haja uma extensa preocupação com a qualidade das condições que se oferecerá para a execução de novas propostas. Não basta apenas outorgar a mudança, faz-se necessário discutir e analisar a mesma para que os agentes da mudança a compreendam, para que assim ela possa fazer sentido. Um dos grandes empecilhos para a eficácia no funcionamento do Ciclo foi a falta de capacitação de professores que resultou em dúvidas e receios dos pais em relação à mudança. Os docentes não conseguiram romper com o paradigma da avaliação tradicional centrada totalmente na nota e no reprovar. Na verdade, a avaliação não assumiu seu caráter libertador, no sentido de ser instrumento para verificar a aprendizagem do discente. Na verdade, não ocorreram mudanças substanciais na rede estadual de Mato Grosso do Sul.

 

Instituição de fomento: Trabalho do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/UEMS).
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: avaliação; ciclo; progressão continuada.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006