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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental

AGROTÓXICOS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA CONTRIBUIÇÃO À EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA.

Sirlene de Souza B. das Virgens 1
Alaíde Pereira J. Aredes  1
(1. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul)
INTRODUÇÃO:

Interessamos em desenvolver este trabalho a partir do momento em que foi possível perceber que a maioria dos professores não trabalha esta questão com seus alunos, principalmente os de Ciência e Biologia não que esta função seja só destes profissionais. Tal tarefa é de todos, ou seja, todos devem cuidar do planeta em que vivem. Porém, estes têm ou pelo menos deveriam ter uma formação melhor para trabalhar referido tema. Neste cenário partimos do princípio de que a Escola é uma das mais importantes Instituições que podem oferecer um trabalho que conscientize os alunos a respeito de como estão sendo usados estes agrotóxicos e o mal que eles causam ao meio ambiente, conseqüentemente aos seres humanos. Neste sentido, aproveitamos o projeto de extensão acima aludido, onde foi possível perceber a participação significativa de professores de Ciências e Biologia, para trabalhar este projeto de extensão, o qual necessitou de uma árdua pesquisa para se ornar realidade.

METODOLOGIA:

Realizamos uma profunda pesquisa bibliográfica;

 pesquisamos junto às fichas hospitalares os casos de intoxicação por agrotóxicos no município; investigamos as casas agropecuárias do Município de Ivinhema; elaboramos e aplicamos questionários aos professores, aos possível; Realizamos palestras e mini-cursos relacionados ao tema com profissionais do IDATERRA e da IAGRO.

RESULTADOS:

Quando aplicamos o questionário às casas agropecuárias e perguntamos a eles como são recolhidas as embalagens vazias de agrotóxicos,  o resultado foi  o seguinte: 25% disseram que as empresas as recolhem. Em contrapartida 75% disseram que há um total desprezo por parte das empresas em relação a estas embalagens, o que nos chocou muito. Isto quer dizer que ninguém sabe ao certo o destino de algo tão perigoso. Quanto a pesquisa realizada no hospital municipal, pretendia-se fazer um levantamento dos casos de intoxicações por agrotóxicos, porém, quando lá chegamos fomos informadas de que no município não tem nenhum caso notificado pois, muitas vezes as pessoas chegam ao hospital, são atendidas, passam pelo ambulatório e vão embora sem que haja a notificação.

Perguntamos aos professores se eles sabiam quem eram os responsáveis pela fiscalização. A maioria citou IDATERRA, Vigilância Sanitária, Iagro, não tem fiscalização. Nota-se que estes não sabem praticamente nada a respeito do assunto. Além disso, mostramos a eles as embalagens de defensivos agrícolas, bem como os rótulos coloridos que determinam o grau de toxicidade e, foi perguntado então qual era a alternativa correta com relação a cor do rótulo e o grau de toxicidade daquele produto. A grande maioria ficou confusa. O que demonstra um pequeno grau de conhecimento. Estes dados mostram a necessidade de educação contínua para estes profissionais

CONCLUSÕES:

Com esse projeto pude perceber que alguns professores no início tinham alguma deficiência em informações com relação ao tema agrotóxico e, com o decorrer do projeto e com as palestras que foram ministradas para os mesmos esses passaram a adquirir um conhecimento e um esclarecimento maior para si e, para passar para os alunos. Um outro ponto positivo foi que, os docentes que participaram do projeto adquiriram um maior senso crítico e puderam perceber que uma das formas de se prevenir futuras doenças provocados por defensivos químicos é a prática da cultura orgânica, muitos professores disseram que quando entrassem as férias escolares tentariam visitar a propriedade do sr. Osmar, acima mencionado, para conhecer na prática como funciona uma agricultura orgânica. Durante as aulas que foram ministradas para os professores nós analisamos o questionário que os mesmos responderam há algum tempo atrás e os mesmos observaram que os erros foram grandes e, assim se comprometeram a mudar as atitudes que estavam erradas e começarem a praticar o que era correto. Um ponto que achei bem positivo e muito importante foi o fato de que os professores tomaram consciência de que a forma como a Educação Ambiental esta inserida no contexto da escola e até mesmo das universidades é muito teórico e, apenas dessa maneira não basta para que os alunos e futuros professores compreendam o verdadeiro significado da palavra, é preciso partir para a prática e deixar um pouco o teórico de lado.

 

Instituição de fomento: PIBEX - UEMS
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Agrotóxicos; Meio Ambiente; Educação contínua.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006