As investigações sobre como andam as relações de trabalho e nas escolas públicas de Ivinhema, apontam que existe um mal-estar docente que está influenciado diretamente na saúde dos professores, prejudicando, desse modo, a qualidade de ensino ministrado. Tal realidade não dá mais para ser negada. Sendo assim, objetivou-se com este estudo, investigar as causas do mal-estar docente, bem como apontar as possíveis soluções para os problemas. Almejou-se ainda, fazer um minucioso levantamento sobre as licenças médicas que têm ocorrido nos últimos anos, entrevistando professores que abandonaram a profissão docente, a fim de descobrir o porquê do stress, dos desapontamentos, dos conflitos com a escola, bem como esclarecer e informar os estados fisiológicos nos campos do stress e do Burnout, para que se possa reconhecê-los e diferenciá-los, já que a maioria das pessoas ou confunde stress com Burnout, ou simplesmente não compreendem bem o assunto. O nome Burnout, que significa “consumir-se em chamas”, é um tipo especial de stress ocupacional, caracterizando-se por profundo sentimento de exaustão em relação ao trabalho que o indivíduo desempenha.

O resultado foi o surgimento da síndrome de Burnout, em conjunto com o stress elevado, infelizmente uma realidade nas escolas públicas de Ivinhema. O burnout e o stress têm sido vistos de maneira familiar pelas escolas da cidade. Apatia, depressão, tensão, fadiga, nervosismo, dificuldade em descansar e dor nas costas são alguns dos sintomas próprios da síndrome de burnout, e que cada vez mais vem se tornando um problema que afeta os professores de todo o mundo. E tudo isso pode ocasionar a falência da educação pública. Só para se ter uma idéia quando perguntamos aos professores em relação às relações de trabalho com colegas, funcionários, e sobre o trabalho em si para o professor 11,42% enfrentam o trabalho de modo saudável, 74,28% estão com dificuldades de relacionamento e 14,28% apontam que são necessárias mudanças de comportamento diante do trabalho e da vida.