O envelhecimento da população brasileira exige mudanças no contexto das políticas públicas até o núcleo familiar. Nesse cenário, a promoção da qualidade de vida (QV) vem sendo estudada, para que a assistência em saúde ocupe-se não só de medidas curativas, mas também com a promoção da QV dos idosos. Este estudo apresenta parte dos dados da Tese de Doutorado em desenvolvimento, tendo por objetivo descrever as características sócio-econômico-demográficas, as condições de saúde e a percepção de QV dos idosos residentes no distrito sanitário Noroeste.

Trata-se de um estudo epidemiológico com desenho transversal. A amostra foi selecionada de forma randomizada e os dados, coletados por inquérito domiciliar, através de instrumento com variáveis sócio-econômico-demográficas, de saúde e capacidade funcional além do instrumento WHOQOL – BREF (FLECK et al., 2000). O banco de dados foi elaborado no software SPSS 11.0. Os resultados foram apresentados através de análise descritiva.

A idade média dos 288 participantes foi 71,23 anos. A maioria (67,4%) eram mulheres, tinham ensino fundamental incompleto (48,2%) e possuíam companheiros (47,2%). Dos entrevistados, 78,5% residiam com familiares ou empregados e tinham em média 2,9 filhos. Quanto à auto-percepção de saúde, 80,2% consideravam-se saudáveis, embora 68,8% relataram doença crônica. Dos participantes, 91% e 63,8%, respectivamente, não apresentavam dificuldade na realização das atividades físicas e instrumentais. Em relação à percepção de QV, o domínio com escore mais alto foi o de Relações Sociais (75,10%) e o mais baixo foi o do Meio Ambiente (65,09%).

O estudo suscita a importância de conhecer melhor o perfil sociodemográfico, de saúde e percepção de QV dos idosos e direcionar a atenção em saúde às necessidades e expectativas dessa população, através de atividades que visem a promoção da saúde e prevenção de agravos.

Trabalho de Iniciação Científica