B. Engenharias - 1. Engenharia - 12. Engenharia Química |
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DETERMINAÇÃO DA OCRATOXINA_A EM VINHOS BRASILEIROS |
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Graziela Boscato 1 |
Regina Vanderlinde 1 |
Israel Pedruzzi 2 |
Sandra Valduga Dutra 2 |
Alessandra Orlandin 2 |
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(1. Universidade de Caxias do Sul; 2. Laren - Laboratório de Referência Enológica) |
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INTRODUÇÃO: |
Ocratoxina_A é micotoxina que pode apresentar propriedades nefrotóxicas, teratogênicas e imunossupressoras, detectada em diferentes grupos de alimentos e bebidas, incluindo o vinho e o suco de uva. Foi descoberta por van der Merwe et al.(1965) como um metabólito secundário de Aspergillus ochraceus e por outros Aspergillus e Penicillium spp (Sweeney & Dobson, 1998). Segundo a OIV (11/02/2005) o conteúdo de Ocratoxina_A nos vinhos fica estipulado como limite máximo de 2mg/L.
A ocorrência da ocratoxina está relacionada com a variedade de uva, grau de maturação e danos físicos do grão, práticas de viticultura e condições climáticas (Rocha Rosa et al., 2002). Neste trabalho foi determinado o teor de ocratoxina_A em vinhos das variedades cultivadas no Rio Grande do Sul, com propósito de subsidiar ações de saúde vitivinícola. |
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METODOLOGIA: |
Foram analisados 75 vinhos comerciais brasileiros (safra 2003) das variedades: brancas Vitis vinífera (Chardonnay, Moscato, Riesling Itálico, Gewuztraminer); tintas Vitis vinífera (Merlot, Tannat, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc) e Vitis labrusca (Bordô e Isabel). Como também 51 vinhos comerciais brasileiros (safra 2004) [ brancas Vitis vinífera (Chardonnay, Moscato, Riesling); tintas Vitis vinífera (Merlot, Tannat, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc)].
Para a análise foram utilizadas colunas de imunoafinidade OchraTest VicamÒ ,e, cromatografia líquida de alta performance (HPLC) com coluna Zorbax C18 e detector de fluorescência. A determinação de ocratoxina_A foi realizada conforme a metodologia descrita pela O.I.V. (Resolução 16/2001). |
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RESULTADOS: |
Com o objetivo de avaliar a confiabilidade do método de análise da ocratoxina_A foram realizados testes de repetibilidade e linearidade de acordo com o recomendado pela OIV. Para o teste de repetibilidade foi analisada uma amostra de vinho Merlot, quatro vezes consecutivas, obtendo-se uma média de 1,28mgL-1 e desvio padrão de 0,20. O limite de detecção encontrado foi de 0,002mgL-1. O mesmo encontrado por Markaki et al. (2001).
Entre os vinhos brancos a variedade que apresentou maior concentração de ocratoxina_A foi a Gewurztraminer (concentração média: 1,163mgL-1). As outras variedades vinhos brancos apresentaram concentrações insignificantes. Já entre os vinhos tintos a variedade que apresentou maior concentração da micotoxina foi a Merlot (concentração média: 1.710mgL-1), seguido pela variedade Tannat (concentração média: 0,370mgL-1). |
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CONCLUSÕES: |
Os vinhos brasileiros analisados apresentaram baixas concentrações de ocratoxina_A, somente 15 % dos vinhos brancos e 11% dos vinhos tintos apresentaram concentração superior a 1mgL-1. O percentual de ocratoxina_A foi insignificante (< 0,002 mgL-1) para 41% das amostras de vinhos brancos e para 31% dos vinhos tintos.
As variedades que apresentaram maiores concentrações de ocratoxina_A foram Gewurztraminer, Merlot e Tannat. |
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Instituição de fomento: IBRAVIN, UCS.
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave: Vinho; micotoxina; ocratoxina_A. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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