A povoação de Sirinhaém - que pertencia à Capitania de Pernambuco - foi fundada pelos portugueses por volta de 1614. Logo alcançou bom desenvolvimento através da instalação de diversos engenhos, que produziam um dos melhores açúcares da região. Foi posteriormente elevada a categoria de vila, passando a  se chamar Vila Formosa de Sirinhaém.

Seu desenho inicial, segundo as iconografias seiscentistas possui características marcantes da colonização portuguesa. O traçado das ruas, apesar de não apresentar uma rigidez geométrica, desenvolve-se a partir de um eixo principal regular. São visíveis no traçado os métodos utilizados pelos portugueses na fundação de núcleos urbanos, como a proximidade dos cursos de água, a implantação em sítios altos, para melhor defesa e a solução do parcelamento através da construção de casas geminadas.

Os edifícios religiosos - como foi comum em vilas e cidades coloniais - atuaram como agentes norteadores do traçado urbano de Sirinhaém, definindo suas ruas e demais espaços citadinos conforme suas necessidades e estabelecendo relações entre-si.

A vila desenvolveu-se nos dois séculos seguintes, principalmente através da cana-de-açúcar, obtendo sua emancipação política em 1892. Atualmente, possui uma população de aproximadamente 33000 habitantes, dos quais cerca de 1900 vivem na área rural. Sua economia é baseada na agroindústria e na exploração turística de seus distritos litorâneos. A influência da economia agrícola sobre o quadro urbano de Sirinhaém pode ser percebida ao se observar as extensas plantações de cana, que penetram através da paisagem edificada.