Apesar dos poucos  remanescentes florestais existentes na Bahia,  é muito grande a sua dependência  em produtos e subprodutos oriundos das florestas plantadas. O Planalto de Conquista, localizado na Região do Sudoeste da Bahia, apresenta uma vegetação típica denominada de “Mata de Cipó” que outrora, cobria toda a extensão do Sudeste da Bahia. Muitas dessas áreas foram desmatadas, sem que nenhuma outra atividade ocupasse o solo, fazendo com que o mesmo ficasse desprotegido sem produzir alimentos, fibras e/ou energia para a região. Este processo vem intensificando o êxodo rural, a fome de quem permanece na terra improdutiva por limitações diversas (NOVAES et al 1992). Nesta ótica, o reflorestamento auto-sustentável, com espécies florestais de rápido crescimento, a exemplo do Eucalipto, justifica-se na medida em que, trata-se de uma das poucas opções de fato viável, que possibilitará não só a preservação de nossas matas remanescentes, como também a geração  de riquezas, empregos diretos e indiretos, além de fomentar a implantação de  indústrias na região, gerando renda e novos postos de empregos (NOVAES et al 1992). Para DRUMOND (1992), no Nordeste brasileiro  destaca-se a região entre  os municípios de Ouricuri-PE e Arariopina onde existe uma concentração de indústrias  que utilizam a lenha  como fonte de energia, consumindo em média 30 mil m³ de lenha por mês. O uso do eucalipto em programas de reflorestamento é uma consequência dessa árvore apresentar rápido crescimento, alem de uma diversidade de espécies diferentes, cerca de 600 espécies, distribuídas no continente  australiano de onde se originou e difundidas em   mais de 100 países no mundo.  São espécies que primam pela versatilidade, vegetando nas mais diferentes  condições de solo e clima. De acordo com GOLFARI (1978), a escolha correta de espécies e procedências adequadas para  uma região, pode ser feita  somente por meio da experimentação e ainda, a existência  efetiva numa região, de parcelas experimentais ou plantios em idade adulta, representa a base mais segura para determinar o grau de adaptação de uma espécie, estimar sua produtividade e avaliar  o potencial  ecológico da área.  Esse trabalho objetivou avaliar o comportamento das espécies de Eucalyptus citriodora; E. tereticornis; E. urophilla; E. camaldulensis; E. robusta; E. urograndis e E. cloeziana. na Fazenda Ouro Verde, no município de Candido Sales - BA, visando selecionar  espécies com potencial para integrar projetos de reflorestamento na região.   

O presente estudo foi desenvolvido na Fazenda Ouro Verde, no município de Candido Sales-BA A região apresenta  índice pluviométrico variando de 500 a 850 mm anuais, sendo os meses mais chuvosos de novembro a março. A temperatura média anual é de  22º C. O solo da área  foi classificado como LVA distrófico, com textura média e topografia suavemente ondulada a plana e boa drenagem. A vegetação predominante  corresponde a Floresta Estacional Decidual.  Foram adotados 7 tratamentos correspondentes  as espécies, Eucalyptus citriodora; E. tereticornis; E. urophilla; E. camaldulensis; E. robusta; E. urograndis e E. cloeziana. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com 4 repetições e parcelas constituídas de 30 plantas,  perfazendo um total de 2.520 no experimento. As mudas foram produzidas em tubetes com dimensões de 12,5 cm altura, 3 cm com capacidade volumétrica de 50 cm³. O substrato  utilizado constituiu de 50% de vermiculita, 40% de composto orgânico e 10 % de moinha de  carvão. No campo após o preparo do solo, as mudas foram plantadas nos espaçamentos, 3,0 x 3,4; 3,0 x 3,0; 3,0 x 2,0 m e adubadas com 200 g de adubo Superfosfato Simples. A avaliação do desempenho das plantas no campo, aos 15 meses do plantio, constou da mensuração da altura da parte aérea e diâmetro ao nível do solo, efetuadas por meio de vara graduada e paquímetro digital, respectivamente. Para todos os resultados obtidos, as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Duncan ao nível de 95% de probabilidade.