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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva

MULHERES NO CLIMATÉRIO: ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA

Eliane Carla Kraemer 1
Olga Sergueevna Tairova 2
(1. Laboratório do Esforço Físico - DEFI - Universidade de Caxias do Sul; 2. Laboratório do Esforço Físico - DEFI - Universidade de Caxias do Sul)
INTRODUÇÃO:

Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, entre 1990 e 2025, a população idosa aumentará entre sete a oito vezes em vários países da América Latina, África e Ásia. Estudos demográficos revelam que a expectativa de vida feminina tem aumentado progressivamente desde o início deste século, fazendo com que um elevado percentual de mulheres chegue à menopausa. Em decorrência deste fato, nas próximas décadas, estima-se um aumento da procura nos serviços de saúde brasileiros por mulheres com queixas relacionadas ao climatério. A prática regular de atividade física regular tem sido recomendada no alívio da sua sintomatologia. É com base nos benefícios da atividade física para essa população que esse estudo visa disponibilizar à mulher no climatério a prática de diferentes atividades físicas com vistas ao alívio dos sintomas climatéricos, a prevenção da doença cardiovascular e osteosporose bem como uma maior qualidade de vida no seu processo de envelhecimento através da prática de atividade física. Tem como objetivo também verificar as mudanças de âmbito corporal e emocional das mulheres climatéricas após o início da prática de atividade física.

METODOLOGIA:

Participam deste estudo mulheres usuárias do Ambulatório de Climatério do Ambulatório Central da Universidade de Caxias do Sul. Após assinarem um termo de consentimento e serem previamente avaliadas por um médico ginecologista, as mulheres foram submetidas à avaliação cardiológica através do teste ECG, avaliação física e responderam a questionários relacionados à saúde (PAR-Q e SF-36), qualidade de vida e climatério. Após as avaliações, foram divididas em dois grupos onde realizam atividade física orientada durante sessenta minutos com freqüência semanal de três vezes: grupo 1:dança e grupo 2:musculação adptada, sendo que nesse último, todas as mulheres respondem à escala análogo-visual de dor antes e após a sessão.

RESULTADOS:

Resultados parciais da primeira avaliação: grupo 1: média de %G = 28,1±9,4, média de IMC = 25,09±5,27. Grupo 2: média de %G = 35,4±5,3 e a média de IMC = 29,04 ±5,93. Em relação à dinamometria de mão: média do grupo 1: 41,63KgF e média do grupo 2: 32,4KgF. Em relação à dinamometria de dorso: média do grupo 1: 72,5KgF e média do grupo 2: 58,4KgF. Em relação à flexibilidade: média do grupo 1: 29,38cm e média do grupo 2: 27,25cm. Em relação ao estado geral de saúde (SF-36) ambos os grupos estão com a média alta entre 83 – 84.

CONCLUSÕES:
A amostra será reavaliada a cada três meses e espera-se diminuição do percentual de gordura, melhora na dinamometria e flexibilidade, diminuição das queixas relacionadas ao climatério e também a melhora da qualidade de vida.
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Atividade física; Climatério; Qualidade de vida.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006