O objetivo é caracterizar as mães de bebês de risco, por ocasião da permanência do bebê numa unidade de terapia intensiva de um hospital-escola, no que se refere à ansiedade e depressão.

Participaram do estudo 13 mães, cujas idades variaram entre 16 e 40 anos, sendo a idade mediana de 20 (M= 25 e D.P.= 8,5). As idades dos bebês variaram entre 12 e 60 dias, sendo a idade mediana 26 (M= 32 e D.P.=18,6). A maioria dos bebês estava internada por prematuridade – idade e/ou peso – bem como outros motivos de saúde. Foram utilizados como instrumentos os Inventários de Ansiedade Traço-Estado e de Depressão de Beck. Após o consentimento da instituição e do contato com a equipe da Unidade, que indicava as mães para serem entrevistadas, a coleta de dados se realizava.

 Os resultados, ainda que parciais, indicam uma freqüência mais elevada na ansiedade-estado, quando comparada com a ansiedade-traço. Nos indicadores de depressão as participantes apresentaram uma distribuição preferencial entre os níveis leve e mínimo, muito embora fossem identificados casos nos níveis moderado e grave com menor freqüência. Destacam-se em alguns aspectos uma homogeneidade nas participantes como ansiedade-estado e nível de escolaridade e uma variabilidade maior entre outros, como depressão e idade, exigindo das equipes envolvidas algo de flexibilidade no encaminhamento das ações.

Conhecer as condições das mães em oferecer proteção aos riscos de seus bebês pode ser uma alternativa de integrar os achados das pesquisas às rotinas de assistência da instituição hospitalar bem como na rede de assistência da cidade e da região.