IMPRIMIR VOLTAR
B. Engenharias - 1. Engenharia - 3. Engenharia Civil

ANÀLISE DAS UNIDADES GEOTÉCNICAS DA ILHA DE SANTA CATARINA VISANDO A PAVIMENTAÇÃO

Walmiria Walter Uhlmann 1
(1. Engª. Civil, Campus Ponte do Imaruim, Univ. do Sul de Santa Catarina - UNISUL)
INTRODUÇÃO:
A seleção de solos para obras de pavimentação normalmente é realizada através de ensaios de compactação e CBR. Devido ao seu procedimento demorado, que leva em torno de 4 dias para a obtenção dos parâmetros necessários para o seu dimensionamento, necessita-se de um processo que identifique jazidas de solos mais rapidamente, promovendo melhorias no que diz respeito na metodologia dos ensaios rodoviários. Com base no apresentado, esta pesquisa tem como objetivo a análise das jazidas de solos mais comum na ilha de Santa Catarina através de ensaios DCP (cone africano) para a sua utilização do solo na pavimentação de vias urbanas.
METODOLOGIA:
A metodologia empregada para a realização da pesquisa baseia-se inicialmente no mapa desenvolvido por Santos (1997) sobre as unidades de estimativa de comportamento geotécnico da Ilha de Santa Catarina. Como base neste mapa foi coletada amostra de solos na Areia quartzosa podzolizada de substrato rampa de dissipação e realizados ensaios de caracterização, como granulometria, densidade real dos grãos, teor de umidade natural e limites de Atterberg. Com o solo caracterizado, iniciaram-se os ensaios de compactação e CBR. Para cada ponto da curva de compactação foram realizados ensaios de CBR e DCP, sendo verificada a resistência dos solos.
RESULTADOS:

A caracterização do solo apresentou limite de liquidez de 40,47% e limite de plasticidade de 25,5%, o que resultou em um índice de plasticidade de 14,97%. Os teores de umidade para a determinação da umidade ótima foram 8, 10, 12, 14 e 16%, onde a umidade ótima foi determinada a 12,2%, com massas específicas aparentes secas de 8,05, 10,07, 11,96, 13,93 e 15,97 respectivamente.

O ensaio de granulometria apresentou as seguintes frações de solos: 9,79% de pedregulho, 25,17% de areia grossa, 30,59% de areia média, 13,41% de areia fina, 12,09% de silte e 8,95% de argila.

Como mencionado anteriormente na metodologia, para cada ponto da curva de compactação foram realizados ensaios de CBR com e sem a imersão de 4 dias para a simulação da condição de degelo. Os valores do índice de Suporte Califórnia para a condição sem inundação foram: 101,48, 92,24, 80,69, 25,56 e 5,13%, enquanto que os valores de CBR para os corpos de prova com inundação resultaram valores de 41,47, 52,21, 78,95, 21,15 e 3,9%.

Levando-se em consideração que a Areia quartzosa podzolizada caracterizou-se através do ensaio de granulometria como uma areia, como o próprio nome diz, os valores de expansão, determinados após 4 dias de imersão do corpos de prova compactado foram baixos. A composição do solo apresentou apenas partículas de quartzo e poucos argilominerais. Os valores de expansão foram: 0,79, 0,47, 0,16, 0,13 e 0,11%.

Foram ainda realizados ensaios da metodologia MCT (Miniatura Compactado Tropical) pelo método expedito das pastilhas de acordo com Nogami e Villibor (1995). O resultado foi de NS-NA’.

CONCLUSÕES:

Observou-se que os solos compostos de areia quartzosa de substrato rampa de dissipação podem ser utilizados para obras de pavimentação, pois apresentaram valores de CBR e expansão compatíveis com o dimensionamento do pavimento para várias situações de tráfego.

Quando correlacionado os CBR e valores de DN obtidos através do ensaio de DCP apresentaram um comportamento linear que pode ser aceito como correlação.

Instituição de fomento: Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: DCP ; PAVIMENTAÇÂO; CBR.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006