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G. Ciências Humanas - 6. Ciência Política - 6. Ciência Política
CRUZ NEGRA ANARQUISTAS (CNA). EMBATES COM O SISTEMA PENAL: CONTROLE E EXPERIMENTAÇÕES DE LIBERDADE. 
Acácio Augusto Sebastião Júnior 1
(1. DEPARTAMENTO DE POLÍTICA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS DA PUC-SP)
INTRODUÇÃO:

Os anarquistas travam uma luta histórica contra a prisão e o sistema penal. As CNA’s emergem, na Rússia, em 1905, em meio este enfrentamento. Ao atentar para o ronco surdo desta batalha, percebe-se os anarquistas como atiradores e alvo do sistema penal.

METODOLOGIA:
A pesquisa sistematizou arquivos dispersos na Internet referentes a duas associações que compõem a CNA e que hoje têm a atuação mais relevante — a CNA de Madri e de Nova Jersey. Parte-se da atuação destas duas associações para problematizar essa batalha histórica diante das contemporâneas técnicas de controle — especialmente o programa de tolerância zero e uma medida européia de internação especial (FIES). A pesquisa bibliográfica realiza-se como meio para construção de instrumentos analíticos que auxiliem essa problematização.
RESULTADOS:
É em meio ao confronto que as CNA’s, mesmo não se desvinculando de sua utopia da sociedade livre e igualitária, provocam e possibilitam experimentações de liberdade no presente. Sobretudo por fazerem da prisão um problema político, e não técnico-jurídico ou um drama pessoal . As CNA´s travam suas lutas ainda dentro de um campo da reforma da sociedade, uma reforma radical, mas mesmo assim uma reforma.
CONCLUSÕES:
Há experimentações de liberdade, radicalidade experimentada em alguns momentos pelos que estão envolvidos com suas lutas, mas há, também uma limitação na medida em que existe um programa societário a ser cumprido. É urgente uma intensidade que altere velocidades e arruine o programa penal.
Instituição de fomento: CNPq
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Cruz Negra Anarquista; Anarquistas hoje; Abolicionismo penal.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006