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C. Ciências Biológicas - 9. Imunologia - 1. Imunologia Aplicada
PRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE ANTICORPOS MONOCLONAIS CONTRA AMOSTRA FIXA DO VÍRUS RÁBICO
Paula Pazzini Mueller 1
Jerzy André Brzozowski 1
Vanessa Valgas dos Santos 1
Carlos Roberto Zanetti 1
(1. Universidade Federal de Santa Catarina)
INTRODUÇÃO:
A produção e caracterização de anticorpos foram radicalmente alteradas quando, em 1975, Kohler & Milstein descreveram uma técnica de produção de anticorpos monoclonais (AcMo) por uma linhagem de células denominada hibridoma. Esta técnica permitiu o cultivo de linfócitos B in vitro, através da fusão de esplenócitos de animais imunizados com antígenos de interesse e células de mieloma. Foram produzidos AcMo contra a amostra de vírus fixo da raiva (PV), uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus contido na saliva de animais infectados. Trata-se de uma encefalite viral aguda, progressiva, que leva ao óbito 100% dos casos.
METODOLOGIA:
Foram inicialmente padronizadas técnicas de triagem de anticorpos monoclonais (ELISA e Imunofluorescência Indireta-IFI). No teste de ELISA os sinais máximos de absorbância foram muito baixos e por isso optou-se por padronizar a IFI, utilizada em análises posteriores. Foram comparadas diversas concentrações de células N2A e CER infectadas, diversos métodos de fixação e permeabilização celular, dois tipos de conjugados fluorescentes em diferentes concentrações.
RESULTADOS:
Os melhores resultados foram obtidos quando células N2A (5x10³ células/poço), eram fixadas e permeabilizadas com tampão (0,25% de Triton) e revelado com conjugado diluído a 1:100. Para obtenção de linfócitos B específicos contra a raiva, foram realizados 2 protocolos de imunização com camundongos Balb/c adultos, imunizados com 3 doses de vacina VeroRab®, diluída 1:10, inoculada por via i.p.. Os esplenócitos foram fundidos com células AgXp e SP2, diferentes linhagens de mielomas, com adição de polietilenoglicol. As células fundidas foram crescidas em meio seletivo HAT, em microplacas de 96 poços, a 37OC e 5% de CO2. As células AgXp foram as únicas a produzir hibridomas de interesse e por isso foram também utilizadas no segundo protocolo. Através da IFI os clones foram testados, e somente um poço apresentou resultado positivo. As células perderam a estabilidade rapidamente. No segundo protocolo, foram obtidos 12 clones positivos. Destes, 10 mostraram-se instáveis e perderam a capacidade de produzir os anticorpos contra o vírus rábico.
CONCLUSÕES:

Os 2 clones restantes foram testados quanto a estabilidade e feitas diluições limitantes, o que caracteriza os dois primeiros clones de hibridomas produzidos na UFSC. Os clones estão em fase de testes de estabilidade para análises posteriores de especificidades, isotipagem e produção de anticorpo conjugado com ITCF.

Instituição de fomento: Cnpq/pibic
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: anticorpo monoclonal; vírus rábico; raiva.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006