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G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 11. Psicologia Social
DIFERENÇA DE GÊNERO E PRECONCEITO ENTRE ESTUDANTES DA UFRJ FRENTE AO HOMOSSEXUALISMO
Tatiana Lopes de Andrade e Silva 2
Leonardo de Miranda Ferreira 1
Renata Fontinhas Pacheco 2
Marcelo Ferreira Quirino 1
Thiago Francisco Abraira Crespi 1
Cláudio São Thiago Cavas 3
(1. Graduando do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2. Graduanda do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro; 3. Prof. do Departamento de Psicometria do Instituto de Psicologia - UFRJ)
INTRODUÇÃO:
Desde as origens da humanidade, os homens têm procurado explicar o fenômeno do homossexualismo. De acordo com Aristóteles, os nervos que na maior parte dos homens terminam no pênis, encontram-se em alguns terminando no reto; transferindo para esse órgão a rede de sensações voluptuosas. Para alguns outros autores, o narcisismo é um dos elementos constantes da homossexualidade. Assim como o temor específico pelo sexo contrário é um fator que impele para a homossexualidade, o fracasso sentimental também conduz o homem amargurado à homossexualidade; embora com uma libido normal. Anne Moir revelou, em 1991, os resultados de sua pesquisa que indicava a causa genética para homossexualidade. Para a autora, a opção sexual não depende da escolha do indivíduo. O preconceito contra o homossexual se expressa de várias formas e em vários graus, e tem a sua gravidade determinada fortemente pela cultura que molda as atitudes e cognições do indivíduo frente ao diferente. É uma atitude negativa frente a grupos ou indivíduos particulares, quanto as suas diferenças e peculiaridades, e que está arraigada numa visão estigmatizante e de conotação negativa. O objetivo deste estudo é investigar se dentre os estudantes da UFRJ, campus Praia Vermelha, os homens se mostram mais preconceituosos que as mulheres frente ao homossexualismo.
METODOLOGIA:
A amostra foi composta por 50 estudantes da UFRJ, 25 do sexo masculino e 25 do sexo feminino – de diversos cursos, diferentes períodos e na faixa etária de 20 a 29 anos. Foi elaborada uma escala de atitude, composta por 20 afirmativas sobre as atitudes frente ao homossexualismo, sendo 8 afirmativas favoráveis e 12 desfavoráveis. Para cada afirmativa, existem cinco opções de resposta: a) concordo plenamente (CP); b) concordo (C); c) não tenho opinião (NTO); d) discordo (D) e e) discordo plenamente (DP). Para as afirmativas que são favoráveis, são atribuídos 5 pontos para cada CP, 4 pontos para C, 3 pontos para NTO, 2 pontos para D e 1 ponto para DP. Para as afirmativas desfavoráveis, a pontuação é feita no sentido inverso.
RESULTADOS:

A média (2,9) das notas obtidas pelas 25 mulheres foi inferior à média (3,3) das notas dos 25 homens. O tratamento estatístico utilizado para testar a diferença entre as médias dos dois grupos, foi o teste t de STUDENT para duas amostras independentes. Tendo sido o valor de t encontrado igual a 3,77, maior que o t tabulado (2,02); ao nível de significância de 0,05. O que evidencia a existência de uma diferença entre as médias dos dois grupos, sendo a média do grupo feminino superior à média do grupo masculino.

CONCLUSÕES:

De acordo com os resultados obtidos na presente pesquisa, as mulheres se mostram menos preconceituosas frente ao homossexualismo que os homens. Os homens demonstraram maior nível de rejeição ao homossexualismo. Contudo, faz-se necessário novos estudos numa população com um número maior de indivíduos, para que se possa obter conclusões mais abrangentes sobre o assunto.

Instituição de fomento: Universidade Federal do Rio de Janeiro
 
Palavras-chave: Atitude; Homossexualismo; Gênero.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006