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F. Ciências Sociais Aplicadas - 1. Gestão e Administração - 1. Administração Geral e Gestão Estratégica
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA PEQUENAS EMPRESAS FAMILIARES: UM ESTUDO DE CASO
Inês Aparecida Mascára Mandelli  1
Antonio Batocchio  2
Marcelo Augusto Galati Leoni 1
(1. Faculdade de Administração - PUC-Campinas; 2. Faculdade de Engenharia Mecânica - UNICAMP)
INTRODUÇÃO:
Hoje as empresas operam em uma economia global de constante mudança, inclusive no que diz respeito aos consumidores e competidores do mundo todo. Existem muitos concorrentes, os quais oferecem aos seus clientes serviços e produtos similares. Na verdade, existe uma competição por uma margem de lucro maior. O planejamento estratégico é um meio para o crescimento planejado e lucrativo da empresa, além de ser a chave para o processo do gerenciamento global. Ele pode incorporar um ou todos os seguintes elementos: clientes, concorrentes, investidores, empregados, operações e o futuro do negócio, sendo um meio de envolver o gerenciamento, as pessoas-chave, os funcionários e as empresas parceiras. O planejamento estratégico é uma ferramenta poderosa para apoiar as decisões da empresa, permitindo maior chance de ser bem sucedida. A elaboração de um plano estratégico não requer inteligência ou habilidades super humanas e, pode ser desenvolvido sem ajuda de pessoas de fora, pois muitas das habilidades e informações necessárias estão dentro do próprio negócio. No entanto, esta elaboração requer compromisso por parte dos proprietários e uma avaliação criteriosa da posição atual e do histórico passado. O mais importante é que o plano estratégico é uma diretriz que ajuda a empresa a se desenvolver e manter uma vantagem competitiva superior em relação aos seus concorrentes no mercado.
METODOLOGIA:
Para o desenvolvimento deste trabalho foi feito um estudo de caso numa pequena empresa familiar “Casa da Música Brasileira - CMB”, que está sendo administrada pela segunda geração. Estas eram as condições básicas estabelecidas para a elaboração do trabalho. Foi analisado o ambiente interno que é composto pelas áreas de recursos humanos, marketing, serviços e finanças, estabelecendo-se ações para empresa nessas áreas.
RESULTADOS:
Como contribuição para o ambiente de recursos humanos a empresa deveria desenvolver um procedimento adequado de recrutamento e seleção de funcionários tentando levar em consideração o perfil requerido para a vaga no momento da entrevista, além de uma pesquisa para verificar os motivos da alta rotatividade, visando sua redução. Como a empresa possui um capital limitado, não tem investido em treinamento de funcionários, a redução da rotatividade contribuiria para um melhor atendimento e qualidade de serviços aos clientes. O bom atendimento ao cliente é um diferencial competitivo importante para uma empresa de serviços, mas esse diferencial pode ser facilmente copiado. Por este motivo é importante buscar outras maneiras de se diferenciar no mercado, como, por exemplo, elaborar uma estratégia de marketing que deve ser desenvolvida por um profissional qualificado e não pelo gerente atual (como acontece hoje, devido haver falha nessa habilidade). Uma outra questão a ser considerada é a marca da empresa, que já é conhecida no mercado e tem credibilidade. Outros pontos a serem desenvolvidos, que contribuiriam para o crescimento é o de estabelecer um mix de promoção que inclui propagandas e promoções de vendas, que realmente atinjam o público-alvo, além de uma análise constante dos preços da concorrência. Deve-se salientar que a busca na melhoria nos serviços deve sempre ser um alvo para a “CMB”.
CONCLUSÕES:
Um plano de administração estratégica eficaz aumenta a probabilidade da empresa atingir os seus objetivos, pois constrói a visão do futuro e traça estratégias para melhorar os resultados. Todas as atividades de todo e qualquer negócio envolvem riscos. O planejamento visa minimizá-los, pois as decisões são baseadas no conhecimento e não na intuição, o que é difícil para os proprietários entenderem. Normalmente, os proprietários de pequenas empresas acham que não precisam desta ferramenta no seu negócio, o que foi percebido na CMB neste estudo de caso. A implantação de um plano de administração estratégica requer tempo e compromisso por parte dos envolvidos. A proposta do plano foi bem recebida pelos proprietários, que tinham como objetivo fazer a empresa crescer, mas não pelos herdeiros que assumiram o negócio. Pode-se perceber uma falta de compromisso com a administração, o que leva a falta de visão empresarial, mas este fato se agrava quando a empresa é familiar. No estudo de caso priorizou-se a relação da empresa com os clientes, pois eles a alimentam e a fazem crescer. Buscar entender os clientes significa aumentar as chances de investirem na sua empresa e não na do concorrente, fazendo com que o relacionamento se torne mais forte. Acredita-se que assim a empresa poderá voltar a crescer. Enfim, as ações sugeridas no plano de administração estratégica enfatizam assuntos críticos necessários para o sucesso desta pequena empresa estudada.
Instituição de fomento: PUC-Campinas Pontifícia Universidade Católica de Campinas
 
Palavras-chave: Planejamento Estratégico; Pequena Empresa; Empresa Familiar.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006