A pesquisa abrangeu idosos de 60 anos de idade ou mais. A amostra foi do tipo probabilística, com a técnica de seleção estratificada por setor censitário e sexo. O número de idosos entrevistados foi de 875, sendo 438 mulheres e 437 homens. Os instrumentos utilizados foram o Questionário Interacional de Atividades Físicas (IPAQ) e o questionário Brazil Old Age Schedule (BOAS). O IPAQ mensura as atividades físicas realizadas no trabalho, transporte, atividades domésticas e de lazer (CRAIG, et al., 2003). De seus resultados foram considerados como mais ativos os idosos que no somatório das atividades físicas nos diferentes domínios somaram 150 minutos ou mais por semana, em atividades moderadas ou vigorosas, e menos ativos abaixo deste valor. O questionário BOAS é composto por 9 seções, com 133 questões. Em conjunto, as seções têm como objetivo assegurar informações sobre as principais características sócio-demográficas, condições de vida, necessidades e problemas que afetam a população idosa. Para este estudo foram utilizados os dados sobre informações gerais e saúde física. Os dados provenientes do questionário BOAS e do IPAQ foram analisados no programa STATISTICA 6.0 por meio de freqüência, percentual e Análise de Correspondência Múltipla (ACM).

O estudo demonstrou a influência da prática de atividade física na velhice, sobre a incidência de doenças, sobretudo as crônico-degenerativas. Os idosos mais ativos sofrem menos doenças quando comparados com os idosos menos ativos. Como implicação prática há necessidade de inclusão no programa público de atenção básica à população idosa, propostas sistematizadas de atividade física efetivamente acompanhada, avaliadas e adequadas a cada contexto real de aplicação, que conduza à prevenção do envelhecimento patológico e a minimização dos agravos das doenças crônico-degenerativas.