A amostra de familiares cuidadores, num total de 115, foi selecionada junto aos cadastros existentes de famílias nas condições definidas, nos serviços referidos. Os sujeitos da pesquisa tiveram todas as orientações e cuidados éticos para a sua inclusão. Os dados foram coletados com a aplicação do QPFC (Questionário de Perfil do Familiar Cuidador) e o WHOQOL-Breve da OMS, construído especificamente para o presente estudo.

Os cuidadores consideraram-se satisfeitos quanto a sua saúde e qualidade de vida, eram, em sua maioria, mulheres (84,3%), sendo que 64,6% cuidava do idoso de forma permanente, 56% recebia ajuda de outros familiares para o cuidado do idoso, contudo 28,4% eram cuidadoras únicas. Estes cuidadores, em sua maioria, já vem atuando de modo prolongado variando entre três e seis anos. Eles se manifestaram sofrendo de doenças, como: HA, DM, osteomusculares, além de referirem dificuldades econômicas, por impedimento de trabalho remunerado fora do lar (27,4%). Ao serem perguntados acerca de incômodo ou aborrecimentos na tarefa do cuidar face os comportamentos repetitivos dos idosos e os cuidados muitas vezes complexos exigidos, os cuidadores com freqüência responderam positivamente, embora ao mesmo tempo manifestaram um senso de satisfação por estarem cumprindo um ato dignificante na família e na comunidade.