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D. Ciências da Saúde - 7. Fonoaudiologia - 1. Fonoaudiologia
O CÁLCULO DA PRESSÃO TRITONAL EM SUBSTITUIÇÃO DO CÁLCULO DA MÉDIA TRITONAL NO ÍNDICE DE RECONHECIMENTO DE FALA DE PACIENTES COM GRÁFICOS AUDIOMÉTRICOS EM RAMPA ACENTUADA
Kelly Cristina Lira de Andrade 1
Maria Cecilia dos Santos Marques 1
Pedro de Lemos Menezes 1
(1. Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas)
INTRODUÇÃO:

A avaliação auditiva, realizada através da audiometria tonal, utiliza tons puros para testar a acuidade auditiva, apresentados individualmente com freqüências de 250, 500, 1000, 2000, 4000 e 8000 Hz. Um exame complementar conhecido por LRF (Limiar de Reconhecimento de Fala) pode ser solicitado. Os dois exames utilizam a média tritonal, que é a soma dos valores encontrados nas freqüências de 500, 1000 e 2000 Hz, dividido por três, para que se obtenha uma média. A média tritonal, no LRF, é utilizada como parâmetro de confirmação dos resultados encontrados. Um problema é que há diferenças entre a pressão média e média numérica em dB. O decibel é uma unidade logarítmica calculada pela expressão NPS = 20 logp/p0, utilizado na audiologia para diminuir a magnitude dos números, pois a menor pressão que a orelha é capaz de perceber é 100.000.000 menor que a pressão que causar dor. Então, seria mais coerente que fosse encontrada a pressão média para que fossem confeccionados os laudos e não a média numérica em dB, o que muitas vezes gera erros superiores a 30 dB, o que pode mudar um laudo, da mesma forma, no LRF. O estudo se fez necessário porque não existem pesquisas que observem a confiabilidade no uso da média tritonal no LRF e no Laudo do grau de perda auditiva de pacientes com gráficos audiométricos em rampa acentuada. O objetivo é o de comparar o cálculo da média tritonal com o LRF e o cálculo médio das pressões com LRF, observando qual o mais efetivo.

METODOLOGIA:

A pesquisa foi realizada no Laboratório de Audiologia Prof. Marco Antônio Mota Gomes, na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL. Todos os prontuários dos arquivos do Laboratório de Audiologia Dr. Marco Mota Gomes foram estudados, entre os quais 185 apresentavam os critérios de inclusão. Estes critérios foram: limiares auditivos com queda em rampa, nas freqüências de 500, 1.000 e 2.000 Hz, com diferença entre pelos menos uma delas igual ou superior a 20 dB; Timpanometria normal com curva tipo “A”; e idade entre 21 e 50 anos. Foram estudados 185 prontuários, onde se calculou a média tritonal e a média das pressões para que os resultados e as possíveis diferenças fossem observadas.

RESULTADOS:

A eficiência da média tritonal quando comparada com o SRT foi de 24%, enquanto que a eficiência da média das pressões (usando o programa CMT) foi de 32,9%. E ainda, a eficiência de outra ponderação (peso 4 para 500Hz, peso 4 para 1000Hz e peso 2 para 2000Hz) foi de 19,6%. Foram aplicadas técnicas de estatística descritiva, incluido tabelas e gráficos ilustrativos. O teste de médias emparelhadas, t de Student, foi aplicado para detectar as diferenças entre as duas técnicas. O software utilizado para a obtenção dos cálculos foi o SPSS, na versão 12.

CONCLUSÕES:
A média das pressões tem uma correlação mais forte com o Limiar de Reconhecimento de Fala e é mais precisa, contudo a média tritonal não pode ser descartada.
Instituição de fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas/FAPEAL
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: cálculo; média; pressão.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006