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F. Ciências Sociais Aplicadas - 12. Serviço Social - 2. Serviço Social da Criança e do Adolescente

O DESAFIO DO TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL NA INFORMAÇÃO  X EDUCAÇÃO SEXUAL DO ADOLESCENTE NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO DO OESTE/RO. 

Jaqueline Resende da Silva  1
Dulce Teresinha Heineck 1
Dadiêza de Jesus da Silva 1
Fabiana Ataide Campos Moura  1
Arlete Nogueira Vieira 1
Alessandra Aparecida Miranda 1
(1. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná/RO)
INTRODUÇÃO:

Este trabalho é resultante do projeto interdisciplinar: Questão Social na Amazônia: desvendando mitos e revelando fatos no Estado de Rondônia e tem por objetivo analisar a questão das  transformações pelas quais o adolescente passa no seu modo de agir pensar, e principalmente, no seu físico. Analisando a influência dos pais, escola e da mídia no comportamento e no esclarecimento a respeito da sexualidade desses adolescentes, para futura intervenção enquanto acadêmicas do Serviço Social.

METODOLOGIA:

Escolheu-se a metodologia qualitativa para a pesquisa haja vista que a mesma nos permite uma compreensão do sujeito com a realidade social que o envolve, por isso o sujeito dá significado ao seu cotidiano, suas vivências e experiências. Como método de procedimento, recorreu-se ao monográfico e os dados coletados foram analisados através do método dialético. Nosso trabalho de campo foi realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Joaquim de Lima Avelino, no município de Ouro Preto do Oeste, onde foram entrevistados vinte e quatro adolescentes na faixa etária entre treze e catorze anos. Para esta pesquisa fundamentou-se na classificação etária apresentada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o período da Adolescência, que compreende a faixa etária entre os dez e vinte anos. A coleta de dados foi realizada através da entrevista semi-estruturada e da observação. A primeira técnica foi realizada a partir de um roteiro previamente elaborado que se traduziu em seu conteúdo de perguntas sobre sua identificação e questões-problemas através da qual buscava-se captar o conhecimento que os mesmos tinham em relação à sexualidade.

RESULTADOS:

Em nossa pesquisa, os adolescentes entrevistados em número de vinte e quatro, tinham as idades entre treze e catorze anos. Quanto ao gênero foram catorze do sexo feminino e dez do sexo masculino. Quando questionados sobre as mudanças no corpo, dezesseis responderam que não estão satisfeitos. Segundo eles, não tiveram orientações sobre essas mudanças e quando ficavam sabendo era através da televisão e dos amigos e somente oito tiveram orientações na família. Segundo os adolescentes, em sua maioria, afirmaram que a mídia orienta no modo de ver a sexualidade sim, pois os veículos de comunicação passam informações que eles não conseguem com os pais. Quando indagados sobre a importância da instituição educacional no esclarecimento sobre a sexualidade, dezessete afirmaram que a escola não promove palestras educativas para que as dúvidas fossem esclarecidas. Por isso quando se reportou ao uso de anticoncepcionais os adolescentes, desenvolve uma certa hostilidade em relação o assunto. As adolescentes, principais interessadas, sabem dos riscos de não se prevenirem, mas, mesmo assim, é expressivo o número de meninas “adolescentes” grávidas ou que contraíram doenças na escola. Mesmo sabendo onde encontrar gratuitamente, ainda se encontrou garotas que, por medo de assumir para os pais, que possuem uma vida sexual ativa, evitam tomar qualquer tipo de medicamento.

CONCLUSÕES:
Os adolescentes nesta fase estão aptos a absorver com facilidade as informações, mas, ao mesmo tempo, têm receio quanto às mudanças provocadas no corpo em decorrência da nova fase de desenvolvimento. Como os pais e a própria escola se isentam no esclarecimento das dúvidas típicas desta fase, os adolescentes buscam nos meios de comunicações e nos amigos esse apoio os quais passam a “cumprir” o papel que competiria a essas instituições. Nesse sentido, pode-se afirmar que os órgãos públicos de saúde, as instituições educacionais e os meios de comunicações deveriam caminhar em parceria e com responsabilidade no trato da questão da sexualidade e é nesse sentido que, como profissionais em formação, se deseja desenvolver as pesquisas e propor ações sócio-educativas que auxiliem esses adolescentes.
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Serviço Social; Sexualidade; Adolescência.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006