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B. Engenharias - 1. Engenharia - 13. Engenharia Sanitária

ESTUDO DA PRODUÇÃO E DESTINO DE RESÍDUOS DE CRIAÇÃO DE SUÍNOS NO MUNICÍPIO DE SÃO JORGE – RS

Felipe Tomiello Kuquertt 1
Vania Elisabete Schneider 2
Alexandra Rodrigues Finotti 3
(1. Graduando de Engenharia Ambiental; 2. Departamento de Ciências Exatas e da Natureza / DCEN; 3. Departamento de Engenharia Química / DENQ )
INTRODUÇÃO:
Este trabalho é parte do Plano Regional de Saneamento Ambiental (PDRS Rural Serra) que vem sendo desenvolvido pela Universidade de Caxias do Sul e o Conselho Regional de Desenvolvimento da Serra (COREDE Serra). O objetivo final do projeto é fornecer subsídios para a gestão ambiental dos municípios que compõe o Corede Serra na Região da Serra Gaúcha. O principal instrumento que será gerado nesta fase do projeto é um banco de dados georeferenciado com informações sobre a situação ambiental nas áreas rurais dos municípios envolvidos Dentre os municípios alvo do projeto destaca-se São Jorge RS, devido à grande concentração de produtores de suínos.
METODOLOGIA:
Relacionou-se a quantidade de dejetos gerados com sua provável área de aplicação, quantidade e volume de esterqueiras e o tempo médio de retenção do esterco. A coleta de dados foi feita através da aplicação de um questionário desenvolvido pela equipe do projeto com informações sócio-econômicas e ambientais. A aplicação do questionário está sendo feita porta a porta nas propriedades que desenvolvem atividades de porte comercial com mais de 40 suínos ou 4 matrizes.
RESULTADOS:
Dos 30 produtores visitados, computou-se, em diferentes fases de criação, a quantidade total de 12.679 animais, 47 esterqueiras suportando 11386 m3 e 688,3 ha de áreas prováveis de despejo do dejeto como fertilizante, entre as áreas de lavoura, pastagem campo nativo e área de fruticultura. A média do tempo de retenção do esterco nas esterqueiras é de 98 dias, sendo que o recomendado pelos Órgãos de Fiscalização Ambiental é de 120 dias. Pelo numero de animais e tipo de criação pode-se estimar a quantidade de dejetos produzidos por dia que é de aproximadamente 123,994 m3/dia. Verificou-se que em determinadas situações o esterco é retirado antes do período recomendado devido à necessidade de utilização do dejeto. Isto ocorre em função do tempo de rotação de culturas não coincidir com o tempo de maturação dos dejetos na esterqueira. Pela relação área e quantidade de dejetos, têm-se a disposição de 65.7m3/ha/ano, sendo que o recomendado é de 60m3/ha/ano, apesar desta quantidade depender das características físico-químicas do solo. Entretanto pode haver uma discrepância neste número em função de não ter sido possível contabilizar a quantidade de dejeto que é distribuída em propriedades de terceiros.
CONCLUSÕES:
As informações coletadas no projeto, poderão contribuir para melhorar a gestão territorial e assim permitir a conservação ambiental dos solos e corpos d'água através de uma avaliação adequada do tempo de estabilização e melhor disposição dos dejetos, incentivos por prefeituras e associações na construção de novas esterqueiras e em tecnologia na atividade suinícola. O projeto se encontra atualmente em fase de conclusão da coleta de dados em campo e da fase inicial de busca de soluções conjuntas entre os vários municípios de forma que a gestão integrada da região da Serra permita diminuir pressões sobre algumas localidades transformando em insumos para outras.
Instituição de fomento: SEMA / RS – UCS
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Dejetos; Suinocultura; Gestão Rural.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006