E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia |
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AGREGAÇÃO DE VALOR EM UVAS FINAS DE MESA FORA DE PADRÃO, ATRAVÉS DA FABRICAÇÃO DE POLPADA DE UVA, NA REGIÃO NOROESTE DO PARANÁ |
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Emi Rainildes Lorenzetti 1 |
Paula Toshimi Matumoto Pintro 2 |
Débora Alexandrino Boatto 3 |
Cássia Inês Lourenzi Franco Rosa 2, 4 |
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(1. Acadêmica de Agronomia e Bolsista PET SESu/MEC–Universidade Estadual de Maringá; 2. Docente do Departamento de Agronomia – Universidade Estadual de Maringá; 3. Acadêmica de Engenharia de Alimentos – Universidade Estadual de Maringá; 4. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia – PGA/ UEM) |
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INTRODUÇÃO: |
A região noroeste do Paraná caracteriza-se pela existência de uma grande quantidade pequenos proprietários de terras. Neste contexto o desenvolvimento da agricultura familiar é notório. Entre outras, uma das atividades de grande exploração por estes agricultores, principalmente na região do município de Marialva, é a viticultura. São produzidas principalmente as variedades de uvas finas de mesa Itália, Benitaka, Rubi e Brasil. A produção estimada segundo dados do IDR para a região, ultrapassa as 40 toneladas ano, em cerca de 1350 hectares. Através da organização em associações e cooperativas, os pequenos viticultores, criam novas alternativas para dispor o produto no mercado atingindo maior lucratividade. Contudo, um dos grandes problemas enfrentados são as uvas fora do padrão comercial, sem o ºBRIX adequado ou principalmente não atrativas visualmente, as chamadas uvas de “sacolão”. Estas uvas apresentam manchas devido às chuvas e ataque de fitopatógenos. Cerca de 10% da produção total enquadra-se na classificação de sacolão, estas uvas são vendidas a preços mais baixos, prejudicando muitas vezes o preço das uvas de excelente qualidade, promovendo assim, uma redução do lucro final. Objetivando produzir um produto que agregasse valor para a parcela da produção de baixo valor comercial e que fosse de fácil manipulação, devido à característica de mão de obra familiar, desenvolveu-se neste trabalho, diferentes polpadas de uva. |
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METODOLOGIA: |
O trabalho foi realizado no Laboratório de Tecnologia de Transformação e Conservação de Produtos Agropecuários da Universidade Estadual de Maringá. Utilizaram-se uvas das variedades Rubi e Benitaka consideradas fora de padrão para comercialização devido a característica visual do produto, tamanho e manchas. O produto desenvolvido foi a polpada de uva, elaborado a partir das uvas finas de mesa puras e em mistura com a uva rústica da variedade Izabel. A variedade Rubi e Benitaka são uvas de coloração clara, mesmo a variedade Benitaka que é mais escura, não apresenta coloração de polpada de uva encontrada no mercado, podendo reduzir o interesse do consumidor. Para a aproximação da coloração escura da polpada de uva tradicional, foi utilizada a variedade Izabel. A variedade Izabel é utilizada na indústria de sucos e doces e possui coloração escura. As uvas foram selecionadas, desengaçadas, lavadas, sanitizadas, trituradas, peneiradas e passaram por cozimento com adição de açúcar cristal e glicose. Os produtos processados foram realizados com açúcar e com a mistura de açúcar e glicose para a variedade Rubi, Rubi e Izabel (proporção 4:2), Benitaka, Benitaka e Izabel (proporção 4:2). Os produtos foram analisados sensorialmente por provadores e realizou-se a análise econômica do produto. |
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RESULTADOS: |
Dos produtos elaborados, os menos preferidos foram as polpadas da variedade Rubi e Benitaka sem mistura, devido à coloração amarelada do produto final. As melhores polpadas, segundo os provadores, foram as de variedade Rubi e Benitaka misturadas com a Izabel, devido à aparência do produto, semelhante ao encontrado no mercado. A cor do produto final influencia na preferência do provador. A utilização de glicose não influenciou na preferência do produto, sendo assim desnecessário para o processo, podendo-se reduzir o custo de produção. Observando se os dados econômicos, o produtor rural poderá agregar valor às uvas que são consideradas “sacolão”, por exemplo, a variedade Rubi “sacolão” é comercializada por dois reais e cinqüenta centavos /kg, com 1 kg, pode-se produzir quatro potes de 200g de polpadas que podem ser comercializadas por até três reais cada pote. |
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CONCLUSÕES: |
O aproveitamento das uvas finas de mesa consideradas de “sacolão” promove uma melhoria no lucro do produtor, através da agregação de valor a uva. Os procedimentos para elaboração da polpada de uva são simples e possibilitam a utilização de mão-de-obra familiar, característica da região dos viticultores de Marialva. A utilização de glicose, não se mostrou eficiente, podendo ser o doce elaborado apenas com o açúcar e a fruta, reduzindo-se assim os custos e facilitando o processo |
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Palavras-chave: Uva fina de mesa; Agregação de valor; Padrão de seleção. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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