D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva |
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ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE: A IMPLICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS COM O PROCESSO DE TRABALHO EM EQUIPE. |
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Fabrícia da Silva Barros 1 |
Fabíola Ribeiro Botechia 2 |
Roseni Pinheiro 3 |
Tatiana de Laai 4 |
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(1. Graduanda em Psicologia da UERJ; 2. Mestranda em Psicologia Social da UERJ; 3. Professora do Instituto de Medicina Social da UERJ; 4. Mestranda em Ciências Sociais da UERJ) |
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INTRODUÇÃO: |
O processo de trabalho em saúde é marcado pela fragmentação de suas ações, ao mesmo tempo em que não se caracteriza somente por um fluxo de continuidades, seqüências prescritas e recorrências previsíveis. Este processo envolve tensões e rupturas, sobretudo se considerarmos as transformações ocorridas nas políticas sociais, econômicas e institucionais, após a década de 80. Com a reforma do Estado brasileiro, as políticas de saúde, em particular, passaram a enfatizar a relevância do trabalho de equipes multiprofissionais com vistas à ampliação de saberes e práticas sobre o cuidado em saúde. Contudo, a integração das ações realizadas por diferentes categorias profissionais nos serviços de saúde, no que concerne ao conjunto de objetos, saberes e práticas envolvidos no atendimento à demanda por cuidado, tem sido o maior desafio. O objetivo deste trabalho consiste em apresentar resultados de uma pesquisa que analisa a dinâmica das equipes de saúde no cotidiano dos serviços, com ênfase nos efeitos e repercussões da integralidade das ações de saúde. |
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METODOLOGIA: |
O referencial metodológico utilizado é o de natureza qualitativa, que têm como técnicas de pesquisa a análise documental, a realização de entrevistas semi-estruturadas e a observação do cotidiano. O campo de investigação é formado por instituições de saúde do Sistema Único de Saúde em diferentes localidades dos Estados do Rio Grande do Sul, Sergipe, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Este estudo faz parte da 2ª fase do Projeto de Pesquisa "Integralidade: Saberes e Práticas no Cotidiano das Instituições de Saúde", que busca compreender o conceito de integralidade, a partir do cotidiano dos atores nas instituições de saúde, a fim de identificar seus elementos constitutivos, e, ao mesmo tempo, esclarecer se esses elementos impedem ou não a sua materialização nas práticas de saúde. |
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RESULTADOS: |
Analisando os resultados obtidos nas experiências estudadas, identificamos um esforço dos profissionais no sentido de superar o isolamento e fragmentação iminente no processo de trabalho em equipe. Tal esforço foi evidenciado na criação de estratégias inovadoras de trabalho. São elas: a ênfase no diálogo como elemento central e embasador das decisões da equipe; e a flexibilização das divisões tradicionais das áreas de conhecimento, numa busca de desconstrução de "especialismos". Além disso, percebemos que, no cotidiano de trabalho dessas equipes de saúde, o usuário também é reconhecido como ator, posto que sua demanda exerce influência sobre a implicação de cada profissional com o cuidado e a organização do trabalho. |
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CONCLUSÕES: |
Concluímos que a construção de estratégias exigiu um esforço maior de implicação de cada profissional no processo de trabalho, com vistas à busca de uma forma de inserção diferenciada do mesmo, a qual fosse capaz de atender de maneira satisfatória à demanda dos usuários, ao mesmo tempo em que minimizasse a hierarquia de poderes e saberes envolvidos na prestação do cuidado; e à efetivação da prática da integralidade no serviço de saúde, calcada na autonomia e na emancipação dos sujeitos envolvidos no cuidado prestado no cotidiano dos serviços de saúde. Todo esse trabalho pressupõe que a Integralidade é uma ação social, um princípio que tem a Reforma Sanitária Brasileira como contexto político, social e histórico. Isso significa acreditar que a construção da Integralidade requer, necessariamente, interações democráticas entre os sujeitos envolvidos nas práticas do cuidado da saúde, e que essas transformações no cotidiano dos serviços podem garantir a saúde como direito de cidadania. |
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Instituição de fomento: CNPq e FAPERJ
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Palavras-chave: Saúde; Trabalho em Equipe; Integralidade. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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