O carcinoma de mama masculino é extremamente raro e ainda pouco estudado. Os sinais mais freqüentes são nódulos na região retroareolar, alteração do volume da mama, descarga mamilar e ulceração do mamilo. O diagnóstico desta patologia na maioria das vezes é realizado tardiamente e causa grande impacto. Já que esta neoplasia é preconceituosamente relacionada à imagem feminina, a falta de informação associada à diagnósticos diferenciais como a ginecomastia além da carência em divulgação e a não realização do auto-exame da mama em homens tendem a aumentar a sua mortalidade.O câncer de mama masculino ocorre na incidência de um caso para cada cem casos femininos. Relatamos três casos de câncer de mama em homens em um  período de dez anos no âmbito de um laboratório de histopatologia localizado no município de Vitória da Conquista-Bahia.

A patologia do câncer de mama masculino é consideravelmente similar a dos cânceres femininos. Os mesmos subtipos histológicos de câncer invasivo estão presentes, sendo os mais comuns os carcinomas papilares (invasivo e in situ). Nos três casos relatados foram diagnosticados somente o tipo histológico ductal infiltrante. Em relação à lateralidade a mama acometida foi a direita em todos os casos. Quanto aos fatores epidemiológicos destes pacientes, a  média de idade foi de 68 anos, todos eram casados, agricultores e com  escolaridade fundamental. O caso 3 apresentou metástase para pulmões após a mastectomia, revelando que o carcinoma mamário masculino provoca rapidamente o comprometimento linfático, daí suas altas taxas de metastatização. Habitualmente o câncer de mama masculino é diagnosticado em estágio avançado por associação a imagem feminina, a não realização do auto-exame,  preconceito ou até mesmo pela dificuldade dos profissionais de diagnosticar o tumor. O levantamento de dados abordados nesta pesquisa é importante, pois nos leva a uma avaliação para eventuais mudanças de perfil epidemiológico desta neoplasia. A detecção em fase inicial aliado a eficazes condutas terapêuticas e contínua educação em saúde contribuem para o melhor prognóstico desta patologia.

Os resultados foram obtidos após aplicação dos questionários. Caso 1: 68 anos, casado, agricultor, escolaridade fundamental, com história de carcinoma de mama feminino na família, tabagista durante cinqüenta anos. Revelou desconhecer a patologia e relatou  antecedentes traumáticos em mama direita. Os achados histopatológicos macroscópicos foram de uma tumoração irregular de tecido adiposo com 44 g, medindo 5,0 x 3,0 x 2,5 cm e o diagnóstico histopatológico foi de carcinoma ductal infiltrante em mama direita. Paciente foi a óbito apresentando metástase pulmonar e anemia como patologia associada. Caso 2: 69 anos, casado, agricultor, escolaridade fundamental, com diagnóstico de infiltração de carcinoma ductal infiltrante em tecido fibro-adiposo na mama direita há aproximadamente cinco anos. Ao exame anatomopatológico o nódulo estava fragmentado e media 1,0 x 1,0 cm. Caso 3: 67 anos, casado, aposentado, escolaridade fundamental, com primeiro diagnóstico de carcinoma ductal infiltrante da mama há aproximadamente dois anos. Ao exame histopatológico, observou-se tumoração irregular de tecido adiposo pesando 16 g e medindo 4,5 x 3,0 x 3,0 cm. Paciente com recidiva após 11 meses do seu primeiro diagnóstico, sendo submetido à mastectomia à  direita com carcinoma ductal infiltrante da mama e extensão para tecido muscular com metástase de linfonodos.

A patologia do câncer de mama masculino é consideravelmente similar a dos cânceres femininos. Os mesmos subtipos histológicos de câncer invasivo estão presentes, sendo os mais comuns os carcinomas papilares (invasivo e in situ). Nos três casos relatados foram diagnosticados somente o tipo histológico ductal infiltrante. Em relação à lateralidade a mama acometida foi a direita em todos os casos. Quanto aos fatores epidemiológicos destes pacientes, a  média de idade foi de 68 anos, todos eram casados, agricultores e com  escolaridade fundamental. O caso 3 apresentou metástase para pulmões após a mastectomia, revelando que o carcinoma mamário masculino provoca rapidamente o comprometimento linfático, daí suas altas taxas de metastatização. Habitualmente o câncer de mama masculino é diagnosticado em estágio avançado por associação a imagem feminina, a não realização do auto-exame,  preconceito ou até mesmo pela dificuldade dos profissionais de diagnosticar o tumor. O levantamento de dados abordados nesta pesquisa é importante, pois nos leva a uma avaliação para eventuais mudanças de perfil epidemiológico desta neoplasia. A detecção em fase inicial aliado a eficazes condutas terapêuticas e contínua educação em saúde contribuem para o melhor prognóstico desta patologia.