Na educação formal usual, a Terra é considerada como um sistema fechado em si mesmo. Atualmente, novos conceitos de grande importância para o cotidiano estão se caracterizando, o que impõe a reformulação dessa percepção para que se considere um sistema mais amplo. A proteção de equipamentos e instalações, a prestação continuada de serviços e a segurança à vida dependem de capacitações em tópicos que antes eram exclusivamente da pesquisa espacial avançada. Os ensinos médio e superior precisam explorar o que hoje se entende por "espaço de ocupação humana", que apresenta-se indissociável de um "ambiente espacial", que, por sua vez, está sujeito a um "tempo e clima espaciais". O objetivo deste trabalho é apresentar o cenário atual do ambiente espacial e como ele deve afetar a visão de fazer ciência no ensino atual brasileiro.

Por meio da descrição do ambiente espacial e dos elementos que o compõem, evidenciam-se os mecanismos físicos que vinculam efeitos sobre a Terra a agentes solares e interplanetários. Algumas abordagens experimentais das pesquisas de modelagem de fenômenos eletrodinâmicos planetários são apresentados.

Elementos de eletrodinâmica planetária e da física convencional são discutidos e integrados para auxiliar, pelo desenvolvimento de uma visão crítica, a re-atualização de professores, pesquisadores, estudantes, industriais, empresários e também profissionais das mais diferentes áreas.

O trabalho introduz recursos inovadores da pesquisa espacial e valoriza alguns recursos já existentes, com novo enfoque, para apropriação no ensino médio e superior.

Instituição de fomento: CNPq Proc. 477819/03-6