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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências

BRINCANDO COM CIÊNCIAS: ATIVIDADES LÚDICAS DE FÍSICA COM CRIANÇAS NA FASE FINAL DO  ESTÁGIO PRÉ-OPERATORIO

Tânia Cristina Arantes Macedo de Azevedo 1
Marisa Andreata Whitaker 1
Dulce Consuelo Andreata Whitaker 2
Vera Lia Criscuolo de Almeida 1
(1. UNESP - Campus de Guaratinguetá - Faculdade de Engenharia; 2. UNESP - Campus de Araraquara - Faculdade de Ciências e Letras)
INTRODUÇÃO:
O trabalho apresenta resultados de experimentos realizados através de atividades de Física desenvolvidas com crianças no final do estágio pré-operatório e é parte de um projeto que desenvolvemos por três anos no Núcleo de Ensino de Guaratinguetá, no CCI do Campus de Guaratinguetá  (educação infantil) e no 1º ano do  Ensino Fundamental, tendo como objetivo observar e analisar como reagem as crianças diante de fenômenos físicos, cuja compreensão exige alto grau de abstração. Interessa verificar como as crianças assimilam os objetos e os momentos nos quais transcendem as funções cognitivas do seu estágio.  
METODOLOGIA:
As crianças são divididas em pequenos grupos, monitoradas por um integrante do projeto, e em uma atividade informal, porem planejada, são abordados fenômenos físicos considerados perceptíveis e sobretudo atraentes. Usando linguagem acessível apresentamos às crianças diferentes “experimentos”,  estimulando-as a explicar com suas  palavras, os efeitos que observaram.  O foco tem sido colocado na possibilidade de impulsionar a criança a avançar seu conhecimento para sua específica “zona de desenvolvimento proximal”, através da interação com o adulto. Para tal, são colocados a disposição das crianças, brinquedos que elas próprias manipulam para observar o fenômeno. Os diálogos são registrados e posteriormente analisados. Alguns desses resultados serão apresentados.
RESULTADOS:
Para Vygotsky o cérebro é um sistema aberto, de grande plasticidade, cuja estrutura está em formação. Cada criança, tem no processo de aquisição de conhecimento um “nível de desenvolvimento real” que se refere às etapas já alcançadas, e um nível de desenvolvimento potencial, a capacidade de “realizar tarefas com ajuda”. Vygotsky estabelece, a existência da “zona de desenvolvimento proximal”, aquela das funções ainda em processo de maturação. A síntese proposta por Vygotsky que aponta as possibilidades dadas pela influência do adulto no desenvolvimento das funções cognitivas da criança, vai além da evolução da inteligência proposta por Piaget. A criança, quando fascinada pelo caráter lúdico de uma atividade fica estimulada, e não se intimida em explicá-la. Incorpora o fenômeno a seus esquemas de assimilação, e pode ir além das possibilidades de abstração simples características de seu estágio, tangenciando abstrações reflexivantes.
CONCLUSÕES:

Nossos resultados baseados nesse pressuposto, confirmam essa possibilidade para várias crianças envolvidas e apontam para o caráter diferenciado deste avanço, o que confirma as influencias socioculturais, ou seja, o caráter histórico dos processos de aprendizagem tal como apontado por Vygotsky.

Instituição de fomento: FUNDUNESP
 
Palavras-chave: educação infantil; ensino de ciências; zona de desenvolvimento proximal.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006