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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 18. Educação
INCLUSÃO ESCOLAR: CONSTRUINDO A BASE DE UMA SOCIEDADE IDEAL
Lucas Eduardo de Oliveira Gomes 1
Grasiela Moreira Roberto Marinho 1
Maria Alice Abranches 1
(1. Curso de Educação Física, Faculdade de Minas - FAMINAS, 36880-000 - Muriaé-MG)
INTRODUÇÃO:
Tendo em vista a heterogeneidade da sociedade onde se percebe e observa todas as características próprias de cada um que a compõe, decidimos analisar o grupo que constitui a escola, lugar onde são repassadas as instruções necessárias para a construção de um espaço ideal e de pessoas melhores. Para atender a construção desta sociedade, a escola teve que formular adaptações que a tornasse um ambiente exemplar, daí surgiu à concepção de “escola inclusiva”, um novo ambiente com paradigmas a serem superados, tanto pelos profissionais nela inseridos, quanto pelos próprios alunos, entre eles os “incluídos”. Diante desta afirmativa objetivamos verificar como isto tem se concretizado nas escolas de ensino fundamental da cidade de Muriaé-MG.
METODOLOGIA:
Por se tratar de um tema que não se manifesta de forma clara e precisa, optamos em realizar uma pesquisa qualitativa visando observar a imagem da inclusão entre alunos do ensino fundamental. O levantamento das informações foi feito com questionários utilizados em entrevistas com alunos, professores e demais profissionais do ambiente escolar.
RESULTADOS:
A inserção de “portadores de necessidades especiais” (PNEs) em um meio sem preparação para recebê-los pode criar situações desconfortáveis, tanto para os “incluídos”, quanto para as pessoas que com eles se relacionam. E este desconforto também se verifica em relação aos profissionais responsáveis pelas instituições escolares de Muriaé, os quais têm de lidar com algo tão novo. Percebemos que muito tem sido feito em prol dos PNEs no âmbito escolar, existindo instituições onde a inclusão já é pratica há algum tempo. Também foi verificada claramente uma grande disposição por parte dos profissionais para se prepararem para a prática inclusiva. As necessidades especiais mais observadas dentro das “escolas inclusivas” são as auditivas, múltiplas, físico-motoras, distúrbios de comportamento e as dificuldades de aprendizagem, mas na maioria das escolas não existem profissionais com capacitação necessária para atendimentos adequados e de qualidade. Além disso, observamos que a escola é obrigada a assumir a concepção de escola inclusiva por imposição dos que as criam e ditam as regras e as direções das escolas obedecem sem receber repasse de qualquer tipo de material, planejamento e/ou orientação para tal realização.
CONCLUSÕES:
A falta de capacitação de professores e de pessoal técnico contribui para tornar o espaço escolar um local ainda desfavorável à construção de um modelo de escola inclusiva. Observamos que há necessidade de introduzir o processo de inclusão nas instituições de ensino de Muriaé-MG, e para que isto aconteça, devemos entender e conviver com as diferenças, aceitando as especificidades que faz cada humano ser único em sua essência, sabendo se colocar no lugar do outro sem ter consigo conceitos pré-estabelecidos. Depois, trabalhar no sentido de conscientizar os segmentos da sociedade que o ideal não pode ser construído sem que haja o material próprio para a construção e um planejamento detalhado dessa construção. Para tanto precisamos de sustentabilidade governamental e não de propagandas enganosas que nos fazem acreditar que a educação é um processo igualitário e que a escola é para todos.
Instituição de fomento: Faculdade de Minas - FAMINAS/Laticínios DaMatta
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Inclusão; Ensino fundamental; Realidade.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006