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G. Ciências Humanas - 9. Sociologia - 1. Sociologia da Saúde

O AMBIENTE URBANO E A SAÚDE: ANÁLISE SOBRE O TRABALHO DOS AGENTES DE SAÚDE JUNTO A COMUNIDADES DE BAIXA RENDA DO RECIFE.

Priscila Felix Bastos 1
(1. Departamento de Ciências Sociais / UFPE)
INTRODUÇÃO:
O Programa de Saúde da Família, criado pelo Ministério da Saúde em 1994, tem sua atenção centrada na família, percebida a partir do seu ambiente social e físico, o que permite uma compreensão mais ampliada do processo saúde-doença e da precisão de intervenções que vão além das práticas meramente curativas. Desta forma, o presente trabalho pretende fazer uma análise no que se refere à associação dos fatores ambientais com a disseminação de doenças, avaliando o papel do Agente Comunitário de Saúde junto a comunidades de baixa renda da Região Metropolitana do Recife-PE.
METODOLOGIA:
Para a coleta inicial dos dados, foram aplicados questionários com 77 Agentes Comunitários de Saúde (ACS), distribuídos em oito Unidades de Saúde da Família (USF) do Distrito Sanitário I do Recife. Estes dados foram decodificados e lançados numa matriz do SPSS (um programa estatístico utilizado nas Ciências Sociais) onde são cruzados e confrontados com o referencial teórico. Em um segundo momento, para a complementação dos dados, foi realizado um total de 18 entrevistas com médicos e enfermeiros do Programa de Saúde da Família (PSF), assim como, em associações e ONGs mais citadas pelos Agentes Comunitários de Saúde.
RESULTADOS:

A partir da análise dos dados, ficou claro que os Agentes de Saúde têm informado a comunidade sobre a importância dos cuidados com a higiene e com o ambiente, à medida que a maioria deles afirmou trabalhar com a população no sentido de conscientizá-la sobre indispensabilidade desses cuidados. Este dado reflete o caráter essencial do Agente de Comunitário na promoção da saúde e no trabalho da educação ambiental. Todavia, há necessidade de investimentos na melhoria das condições ambientais em que vivem estas comunidades, visto que, a eficácia do trabalho do ACS tem esbarrado em limitações de habitação, saneamento e infra-estrutura, o que obstaculariza a eficiência da implementação de políticas públicas de saúde.

 

CONCLUSÕES:

Por fim, o trabalho do Agente Comunitário de Saúde é imprescindível para o Programa de Saúde da Família, pois ele é o elo entre a equipe e a comunidade. Por serem moradores do próprio local de trabalho, conhecem as especificidades, dinâmica e funcionamento do território a se intervir, trazendo à tona fatores que interferem na saúde e que dificilmente são acessíveis à equipe.

Instituição de fomento: UFPE/PIBIC/CNPq
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: saúde; meio ambiente; políticas públicas.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006