O comportamento predatório não é característica exclusiva do século XXI, já que a capacidade de auto-extermínio praticamente acompanhou a história da humanidade. Cientes de que a guerra nuclear, o lixo atômico, o enfraquecimento da camada de ozônio na atmosfera, o efeito estufa podem ser apontados como grandes bombas que ameaçam o mundo na conjuntura atual, é neste momento que a ciência encontra em outras áreas espaço para debates e conscientização ecológica. Sociólogos, engenheiros, médicos, jornalistas, educadores, artistas e outros profissionais se unem em defesa da vida, e no Brasil este processo vem sendo, gradativamente, difundido. Entretanto, há muito ainda a ser feito nesse sentido, em prol de uma ética ecológica e humanitária.

A pesquisa é descritiva, documental e bibliográfica.

A partir dos anos 80 do século XX há um maior envolvimento político nas manifestações ecológicas. Em 1986 é criado o Partido Verde, encabeçado pelos já militantes Fernando Gabeira, Carlos Minc e Liszt Vieira. A defesa do meio ambiente passa a ser relacionada à organização de poder, e os debates sobre o assunto são ampliados. A responsabilidade cai, então, sob o domínio público, e a compreensão da ética ambiental - que engloba configurações sociais, biofísicas, políticas, filosóficas e culturais - precisa ser, cada vez mais, trabalhada de forma multidisciplinar em todos os âmbitos da educação. O poder público tem obrigação de introduzir as questões ambientais em todos os níveis do ensino formal, mas diante de um quadro ambiental tão problemático, a importância da participação de todos os setores sociais é incontestável, afinal, qualquer desarmonia ocorrente entre os elementos constituintes do meio ambiente acarreta danos imensos a todos os seres vivos do planeta.

A educação e a arte têm sido instrumentos eficazes para a conscientização dos jovens e, principalmente, das crianças, que estão herdando um meio ambiente degradado. A Terra grita através de terremotos, temporais, secas e a humanidade continua açoitando a sua própria morada. Através de atividades plásticas, cênicas, musicais e esportivas o envolvimento social com a responsabilidade ecológica crítica fica mais acessível. Essa é a postura interdisciplinar coerente com a busca de alternativas para o desenvolvimento sustentável nesse século. Precisamos contestar e boicotar indústrias poluidoras, cobrar atitudes governamentais, incentivar as várias ONGs ecológicas existentes e, também, pensar nas atividades cotidianas que causam impactos negativos ao ambiente e à vida global do planeta. A busca de uma vida ecológica e socialmente responsável é tema atual, interdisciplinar e extremamente dependente da educação em todos os níveis sociais.