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DETECTOR DE RAIOS CÓSMICOS DE ALTA-ENERGIA (MUONS) DO OBSERVATÓRIO ESPACIAL DO SUL: AMPLIAÇÃO

Carlos Roberto Braga 1, 2
Alisson Dal Lago 3
Marlos Rockembach da Silva  3
Jairo Francisco Savian 1, 2
Samuel Martins da Silva 1, 2
Nelson Jorge Schuch 1, 2
(1. Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais (CRSPE/INPE – MCT); 2. Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria (LACESM/CT – UFSM); 3. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (DGE/CEA/INPE – MCT))
INTRODUÇÃO:

Estruturas ejetadas pelo Sol viajam através do meio interplanetário podendo atingir a magnetosfera da Terra e causar tempestades geomagnéticas. Estas estruturas agem como escudo blindando parte dos raios cósmicos de alta energia observados na superfície terrestre. Este efeito de blindagem é utilizado para previsão da chegada destas estruturas à Terra. Para permitir observações dos raios cósmicos cobrindo todo o globo terrestre foi criada uma rede internacional com detectores de muons em Nagoya (Japão), Hobart (Austrália) e em São Martinho da Serra – RS, no Observatório Espacial do Sul (OES/CRSPE/INPE – MCT). O objetivo deste estudo é mostrar as diferenças entre o telescópio de São Martinho da Serra antes e após a sua ampliação.

METODOLOGIA:

O telescópio protótipo de São Martinho da Serra operou desde 2001 até maio de 2005, com 8 detectores dispostos em duas camadas de 2x2 detectores. Após a ampliação, realizada em dezembro de 2005, o telescópio passou a ter 56 detectores, dispostos em duas camadas de 4x7 detectores. O telescópio protótipo gerava dados com resolução de contagens por hora, já o telescópio expandido, a resolução é de contagens por minuto. As contagens são realizadas em várias direções, constituindo os componentes direcionais.

RESULTADOS:
A área de observação sofreu um aumento de 600% e o erro na contagem de muons no componente direcional vertical passou de 0,16% para 0,06% para uma contagem horária. O número de componentes direcionais passou de 9 para 13.
CONCLUSÕES:

A ampliação permitiu redução do erro percentual nas contagens horárias. Com o acréscimo no número de direções de visão obteve-se uma melhor cobertura da superfície terrestre, as áreas antes não cobertas pelo protótipo agora possuem uma cobertura satisfatória.

Instituição de fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Clima Espacial; detectores de raios cósmicos de alta energia (muons); tempestades geomagnéticas.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006