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G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 7. Psicologia do Ensino e da Aprendizagem
CONCEPÇÕES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL SOBRE PESSOAS COM HISTÓRIA DE DEFICIÊNCIA
Jorgiana Baú 1
Olga Mitsue Kubo 2
(1. Curso de Psicologia, Área das Ciências Humanas e Sociais / UNOESC; 2. Departamento de Psicologia, Centro de Filosofia e Ciências Humanas / UFSC)
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO:Ser a favor das incapacidades atribuídas ao insucesso na aprendizagem de alunos com história de deficiência é ser agente de uma educação conservadora. As necessidades do aprendizado efetivo do aluno remetem a questionar sobre as características necessárias de um professor para trabalhar com crianças especiais. Para tanto investigar quais são as concepções sobre pessoas com história de deficiência e em que consiste o fazer docente das professoras que atuam em educação especial, constitui importante aspecto para contextualizar o que interfere na identidade desse profissional como professor de educação especial. Assim foi objetivo do estudo verificar as concepções de professores de educação especial sobre pessoas com história de deficiência e o que consideram ser necessário para realizar esse trabalho.
METODOLOGIA:
METODOLOGIA: Participaram 10 professoras que ministram aulas para alunos de uma escola que atende crianças e jovens  com necessidades educativas especiais. Um roteiro de entrevista foi elaborado com base nas variáveis: características gerais do professor, concepções sobre pessoas com história de deficiência, características para ser professor de educação especial e características para desenvolver como professor de educação especial.
RESULTADOS:
RESULTADOS: Os dados coletados possibilitaram identificar que: 1. sete das 10 professoras são graduadas em Pedagogia com especializações em Psicopedagogia e Educação Infantil séries iniciais; 2.   as professoras tem necessidade de prestar cuidados pessoais aos alunos da escola de educação especial; 3. as 10 professoras optaram por trabalhar em escola de educação especial por acaso ou por não haver vaga no ensino regular; 4. os aspectos emocionais (56%) sobressaem aos profissionais (44%) em relação as indicações sobre as características necessárias para ser professor em educação especial; 5. 61% das indicações foram para aspectos emocionais e 39% para aspectos profissionais em relação as características que os professores consideram necessários desenvolver durante o trabalho com alunos com necessidades especiais; 6. 47% das indicações identificam concepções dos professores sobre pessoas com história de deficiência como “pessoas como qualquer outra”, 32% como “pessoas com limitações, mas com possibilidades e direitos”, 18% como “pessoas que são diferentes com um propósito”.
CONCLUSÕES:

CONCLUSÕES: Tendo em vista os dados obtidos, é possível concluir que a necessidade que as professoras tem de prestar cuidados pessoais aos alunos dificulta o processo de ensino e consequentemente o aprendizado dos alunos. As concepções que as professoras apresentam sobre pessoas com história de deficiência mostram uma tendência compensadora de eventuais discriminações que elas possam fazer dessas pessoas. O fato de nenhuma das professoras apresentarem formação continuada condizente com a prática profissional de educação especial acarreta em despreparo das professoras para atender especificamente aos alunos da educação especial e que, em decorrência dos fatores emocionais sobressaírem aos profissionais como característica principal para se trabalhar com alunos com necessidades especiais, isso representa a ação docente como cuidadoras dos alunos e não educadoras propriamente dito.

 
Palavras-chave: Educação especial; Comportamento de ensinar; Formação de professores.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006