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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 18. Educação

ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES AFETIVAS E INTELECTUAIS DO IDOSO HOSPITALIZADO

Aline Daniella Tosoni Marcotti 1
Regina Taam  2
Francielly Roseli Polesi  3
Aline Terumi Bomura Maciel 4
(1. Universidade Estadual de Maringá-UEM(aluna 4º pedagogia); 2. Doutora Departamento Teoria e Prática-DTP-Universidade Estadual de Maringá-UEM; 3. Universidade Estadual de Maringá-UEM(aluna 4º pedagogia); 4. Universidade Estadual de Maringá-UEM(aluna 2º psicologia))
INTRODUÇÃO:

O envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida,estão exigindo da comunidade científica a produção de conhecimentos que melhorem a qualidade de vida dos idosos e permitam que crianças e jovens possam chegar à velhice em condições de vivê-la bem, tendo condições de trabalhar, de usufruir a herança cultural, socialmente produzida e de contribuir para o seu enriquecimento. A entrada em vigor do Estatuto do Idoso é um argumento a mais, para além de nossa sensibilidade ética, desenvolvermos estudos, e buscarmos novas compreensões sobre o tema.

METODOLOGIA:

A investigação foi conduzida segundo os princípios da pesquisa-ação (Barbier,1996), utilizando-se do método concreto multidimensional, partindo de hipóteses de elucidação da lógica interna das condutas dos sujeitos (inclusive, das condutas verbais), na etapa de perlaboração. Através da escuta-sensível, da observação–participante e de entrevistas semi-estruturadas foram selecionados para análise gestos, posturas, atitudes, palavras e silêncios. O quadro teórico interpretativo foi construído tomando as teorias de Henri Wallon (1879-1962) como referência principal.A pesquisa de campo realizou-se no Hospital Universitário de Maringá, entre novembro de 2005 e março de 2006, tendo por sujeitos 16 idosos internados na clínica médica.

RESULTADOS:

O trabalho de campo mostrou um recurso freqüentemente utilizado por pessoas incitadas a dizer algo de si, em situação existencial desvantajosa : a fabulação.Trata-se de uma forma de expressão intelectual, “mecanismo intencional de fazer acreditar a si mesmo e ao interlocutor conteúdos mentais inventados” (Pereira, 1994, p.106).Percebemos a insistente presença de sentimentos de frustração, por estudos ou trabalhos não realizados, e a dificuldade em se imaginarem realizando coisas importantes no futuro, que, para a maioria dos sujeitos, é apenas a morada da morte.

CONCLUSÕES:

Apenas ressaltando, pela exigüidade do espaço, algumas conclusões; salientamos a necessidade de divulgar, aplicar, replicar e ampliar as descobertas da psicologia cognitiva (Lemaire,1999) e da psicologia do envelhecimento (Neri, 2001, 2002 e 1995). Necessário, também, trabalharmos com a categoria esperança (Bloch,1982, Furter,1974 e Freire,2003), tendo a consciência, que não faltou aos nossos autores, de que a esperança é essencial , mas não suficiente, para uma vida digna , onde faça sentido fazer planos para o futuro e preparar-se para realizá-los.

 

Instituição de fomento: Bolsa Pibic/ Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Educação; Saúde; Psicologia..
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006