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D. Ciências da Saúde - 9. Ergonomia - 1. Ergonomia

Indicadores para a gestão de distúrbios músculo-esqueléticos em Fisioterapeutas

Marcos Antonio Tedeschi 1
(1. PSITRAB/UFSC)
INTRODUÇÃO:
A formulação de indicadores preventivos de qualquer patologia, especialmente os distúrbios músculo-esqueléticos (DME) é importante para desenvolver os sistemas de gestão de processos de adoecimentos no trabalho. Nessa formulação cabe reconhecer a dimensão biológica ou física por meio dos aspectos patológicos chamada de microambiente, a dimensão psicológica chamada de mesoambiente e a dimensão social ou organizacional de macroambiente. Essas dimensões emergem umas das outras formando um campo sinérgico entre si, tanto para a harmonia ou desarmonia de um sistema. Assim, a busca por características de um processo de gestão baseado em indicadores de DME em Fisioterapeutas inicia a possibilidade da geração de instrumentos de gestão voltados a saúde dos trabalhadores, saindo do aspecto epidemiológico ou pós-factual para o aspecto pré-factual ou preventivo para todos os trabalhadores, minimizando os aspectos desarmônicos do campo sinérgico, entre as dimensões dos ambientes em estudos, além da possibilidade de maximização dos resultados desejados.
METODOLOGIA:
A metodologia adota o método PES (Planejamento Estratégico Situacional), criado pelo economista chileno Carlos MATTUS, para a compreensão do problema e para o desenvolvimento da investigação, a utilização da estratégia da pesquisa sintética com caso único em diversos níveis de análise apoiada no conjunto de métodos de observação direta e indireta e a utilização da Técnica de Incidentes Críticos (TIC) associados ao Tableau du Bord, com instrumentos definidos para o conjunto de variáveis aplicada na população de fisioterapeutas estatutários na cidade de São José dos Pinhais-Pr. Ao gerar o instrumento de controle multifatorial para a prevenção de distúrbios músculo-esqueléticos em fisioterapeutas, batizado de TC-Psitrab/UFSC, teve-se a formação de superfícies emanadas pelas cargas físicas, mentais e organizacionais dos fisioterapeutas para responder as exigências de suas tarefas  em seus postos de trabalho. De um universo de 20 fisioterapeutas, 13 participaram efetivamente de todas as fases, com a geração de análises individuais, por categoria e populacional.
RESULTADOS:
Na análise das superfícies dos gráficos sob a forma de polígonos e triângulos, observou-se que cinco fisioterapeutas se apresentam na categoria saudável (38%), cinco se encontram no estágio saudável para pré-patológico/mórbido (38%), um fisioterapeuta na categoria pré-patológico (8%) e outro na faixa entre pré-patológico/mórbido (8%) e um participante já apresenta DME (8%). Com os resultados foi possível propor aos participantes uma ação preventiva primária de DME melhor detalhada para 54% e uma prevenção secundária a 8%, propondo melhorias para controle de acidentes, afastamentos, inatividade e custos desnecessários, com o intuito de melhorar a qualidade no trabalho, nos serviços prestados e a redução dos custos de forma geral
CONCLUSÕES:

O instrumento apresentou diversas qualidade em relação a visualização dos problema de DME e na toma de decisões sobre a saúde da população pesquisada  como recomendações foram propostas a geração de um software shareware do tipo ambientes integrados de desenvolvimento com objetivo de gerenciamento na agilidade de informações e a possibilidade de inclusão, substituição e eliminação das escalas de incidentes críticos do instrumento de controle a fim de adaptar a outras populações e profissões.

 
Palavras-chave: Indicadores de Saúde do Trabalhador; Dísturbios Músculo-Esqueléticos; Ergonomia.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006