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G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 5. Psicologia da Saúde

GÊNERO E ATITUDE FRENTE AO USO DE PRESERVATIVO EM RELACIONAMENTOS ESTÁVEIS

Ana Paula Andrade da S. de Medeiros 1
Fernanda Araujo Medeiros 1
Gisele Silva Ceciliano 1
Ingrid Jannuzzi  1
Norma Cavalcanti Pontilhão  1
Cláudio São Thiago Cavas  2
(1. Autora, aluna do Instituto de Psicologia, Centro de Filosofia e Ciências Humanas; 2. Orientador, Prof. Do Departamento de Psicometria, Instituto de Psicologia, Cen)
INTRODUÇÃO:

Uma pesquisa nacional, realizada pelo IBOPE em 2003, constatou que aumenta a proporção de pessoas, especialmente entre as mulheres, que deixam de usar preservativo em relacionamentos estáveis (namoro ou casamento). Elas temem que, caso exijam o uso do preservativo, seus parceiros possam acusá-las de infidelidade, reagir com violência ou abandoná-las e, ao optarem pela manutenção de seus relacionamentos, dificultam a proteção de sua saúde. O presente trabalho tem por objetivo averiguar se há diferença de atitude entre os gêneros frente ao uso de preservativo em relacionamentos estáveis.

METODOLOGIA:

Para a coleta de dados foi elaborada uma escala do tipo Likert, cuja forma piloto constava de 39 afirmativas, das quais 19 eram favoráveis ao uso de preservativo e 20 eram desfavoráveis. Cada afirmativa variava suas opções de resposta em: discordo totalmente, discordo, não tenho opinião, concordo e concordo totalmente, graduadas respectivamente de 1 a 5,  de forma crescente em se tratando de afirmativas favoráveis e de forma decrescente, caso o contrário. Esta escala em sua forma piloto foi aplicada a 30 voluntários (15 homens e 15 mulheres) abordados aleatoriamente nos hospitais: Rocha Maia, Maternidade Escola, Instituto de Neurologia Deolindo Couto e Maternidade Carmela Dutra, a fim de selecionar as afirmativas com poder discriminante. A seleção se deu através da aplicação da correlação de Person ao nível de significância de 0.05, o que resultou na forma final da escala composta de 20 afirmativas (9 favoráveis e 11 desfavoráveis).

RESULTADOS:
Foram obtidas as médias dos homens (X=71,2) e das mulheres (X=72,6), e feita então, a aplicação do teste Z, para verificar a diferença entre as estas. Observou-se, então, que não há diferença significativa entre os gêneros, de modo que ambos se mostraram favoráveis ao uso de preservativo em relacionamentos estáveis.
CONCLUSÕES:

Comparando com a pesquisa do IBOPE citada anteriormente, pode-se concluir que o “medo” de comprometer a relação define o não uso de preservativos, apesar da informação e consciência que geram uma atitude favorável a esse comportamento, tanto para os homens quanto para as mulheres.

 
Palavras-chave: Atitude; Preservativo; Relacionamentos.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006